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Interior de SP investiga associação de Guillain-Barré e zika vírus

Casos foram registrados em Penápolis e Birigui; síndrome é caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: Luis Robayo/AFP

SOROCABA - Uma possível associação de dois casos de síndrome de Guillain-Barré com o zika vírus é investigada pelas secretarias da Saúde de Penápolis e de Birigui, no interior de São Paulo. Em um dos casos, o paciente de 23 anos está internado na Santa Casa de Araçatuba com dengue e acometido pela síndrome. De acordo com o hospital, o paciente foi encaminhado pela Santa Casa de Penápolis já com a confirmação da dengue e diagnóstico de Guillain-Barré.

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O segundo caso foi encaminhado pela prefeitura de Birigui e a paciente está internada em estado grave em um hospital particular de Araçatuba. Antes de ser encaminhada, ela fez tratamento para dengue e teve o estado de saúde agravado. Exames diagnosticaram a síndrome. As secretarias dos dois municípios, que são próximos, vão trocar informações sobre os casos.

A investigação se deve a alerta do Ministério da Saúde de que a síndrome de Guillain-Barré está entre as manifestações neurológicas do vírus zika.

O doente recebeu tratamentos específicos na Unidade de Terapia Intensiva do hospital de Araçatuba. Em nota, a Santa Casa informou que o paciente apresenta fraqueza muscular e segue em quadro clínico estável.

A síndrome é uma doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular que, em alguns casos, pode levar à morte. Geralmente, o mal é diagnosticado após algumas semanas de uma infecção viral como dengue ou zika vírus. A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba informou que não há confirmação de zika vírus na cidade e que os casos estão em investigação nos municípios de origem.

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