
15 de novembro de 2010 | 14h31
RIO DE JANEIRO - A diabete já pode ser considerada uma epidemia mundial, e o Brasil está na rota da doença. A mudança nos hábitos alimentares nas últimas décadas - com a incorporação de lanches rápidos e calóricos - e os avanços tecnológicos da internet e dos videogames têm levado um número cada vez maior de crianças e adolescentes a apresentar o problema. Os motivos são a falta de atividades físicas e aumento das taxas de gordura corporal, dois fatores que favorecem o excesso de açúcar no sangue.
O alerta é da presidente da Sociedade Brasileira de Diabete, na Regional Rio, Lenita Zajdenverg, que participou de uma atividade de conscientização em frente ao Estádio do Maracanã que envolveu corrida, caminhada, palestras e testes de glicemia gratuitos à população.
“A diabete no Brasil tem proporções epidêmicas, assim como a obesidade. Temos clareza de que a idade de surgimento da doença está caindo. Sem dúvida, a inatividade é a principal vilã no crescimento dos casos”, disse a endocrinologista.
Lenita recomendou mudanças nos hábitos alimentares para desacelerar o aparecimento da doença. “Deve-se evitar uma dieta com excesso de calorias e principalmente com gordura, pois o vilão não é só açúcar. Alimentos fritos, fast food, não sentar para comer com calma e comidas industrializadas também levam à diabete”, enumerou.
O alerta foi reforçado pelo professor de educação física Eduardo Mourelli. “O adolescente vem buscando cada vez menos atividades físicas, em troca de internet e videogames. É preciso atrair essa garotada por meio de jogos e brincadeiras lúdicas, para que tenham uma adesão maior ao exercício e se tornem adultos ativos”, disse Mourelli.
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