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Julgamento de ex-médico Marcelo Caron deve terminar às 18h

Ele é acusado de matar uma mulher após fazer uma cirurgia plástica nela, mesmo ser ter especialização na área

Por Fabiana Marchezi
Atualização:

O julgamento do ex-médico Marcelo Caron começou às 9h10 desta terça-feira, 14, no auditório do 2.º Tribunal do Júri de Goiânia, Goiás. Ele é acusado de ter provocado a morte da advogada Janet Virgínia Novais Falleiro em decorrência de complicações provocadas por uma cirurgia de lipoescultura feita em 14 de janeiro 2001. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que preside a sessão, já começou a colher o depoimento das testemunhas em plenário e em seguida interrogará o réu. Jesseir estima que o julgamento termine por volta das 18 horas.

 

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De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado, antes do início da sessão, os advogados Douglas Dalto Messora e Rodrigo Lustosa Pinto, que defendem o réu, pediram seu adiamento argumentando que não foram realizados, durante o inquérito policial nem na instrução criminal, exames dos prontuários médicos. Contudo, acatando manifestação do promotor João Teles, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, negou o pedido.

 

Concunhada de Caron, Janet morreu no Hospital e Maternidade Vida, no Setor Marista, região sul de Goiânia. O processo corre no 1º Tribunal do Júri mas, devido à grande repercussão popular, está sendo realizado no auditório do 2.º para melhor acomodar o público.

 

Janet é a segunda de cinco mulheres cujas mortes foram atribuídas a Caron. A história de problemas do ex-médico começou em março de 2000, quando Vera Lúcia Teodoro morreu 24 horas depois de submeter-se a uma cirurgia de lipoaspiração no abdome e plástica nos seios.

 

Em 12 de março de 2001, Flávia de Oliveira Rosa morreu cinco dias após ter se submetido a uma lipoaspiraçao com o cirurgião. No Distrito Federal, ele foi acusado, em janeiro de 2002, de ser o responsável pela morte de Adcélia Martins, também como consequência de uma cirurgia estética.

 

A quinta vítima fatal da cirurgia de lipoaspiração feita por Caron foi a estudante Graziela Murta de Oliveira. Ela morreu em fevereiro de 2002, depois de quase um mês internata na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Helena, em Brasília.

 

Em 2003, ele foi condenado a pagar indenização de R$ 88 mil por danos morais e materiais a Marlene Maria Alves uma das ex-pacientes que apresentou seqüelas após ter se submetido a cirurgia plástica.

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