A intenção de Crivella é instalar o equipamento, comprado na China, na sede da IURD localizada na Estrada da Gávea, na zona sul. O tomógrafo serviria para atender os pacientes da Rocinha, favela que fica próxima ao local e que vem apresentando alto índice de contaminação pelo novo coronavírus. A prefeitura alega que a sede escolhida é provisória, já possui infraestrutura adequada e se localiza próxima ao metrô. Ainda segundo o município, posteriormente o equipamento será transferido em caráter permanente para uma UPA dentro da Rocinha.
Na ação popular, os autores alegam que "a instalação em local diverso da UPA da comunidade é prejudicial à locomoção dos pacientes e profissionais da saúde, gerando exposição daqueles com suspeita de contaminação, já que os pacientes que derem entrada na UPA terão que se deslocar para a igreja e de lá retornarem para o atendimento clínico, gerando também prejuízo ao erário público com gasto de combustível em ambulâncias, havendo suspeita de infração aos princípios constitucionais da Impessoalidade, Economicidade e Efetividade, denotando direcionamento do bem público a instituição privada religiosa".
Nesta quarta, o juízo da
15.ª Vara de Fazenda Pública
acatou a ação. "Tais equipamentos são adquiridos pelo Poder Público com destinação específica, não sendo razoável supor sua instalação em local diverso, privado, agravado pelo fato de ser uma Igreja de onde o Sr. Prefeito é bispo licenciado", diz o despacho.
Procurada pelo
Estado
, a
(SMS) informou apenas que a Procuradoria Geral do Município está recorrendo.