29 de abril de 2010 | 09h35
O diretor de Farmanguinhos Hayne Silva admitiu que a prática de iniciar o ano com passivo na entrega de medicamentos não é incomum. Apesar do desabastecimento, Silva disse não considerar que o laboratório trabalhe no limite da segurança.
A lamivudina/zidovudina é usada por 116 mil pacientes. Para corrigir o problema até junho, a Fiocruz teve de contratar a Furp - laboratório oficial de São Paulo -, que ficará encarregado de produzir os 26 milhões de comprimidos que deveriam ter sido entregues em 2009. O restante será produzido por Farmanguinhos.
"Não foi a primeira nem vai ser a última vez que há problemas de medicamentos", afirmou a coordenadora do Departamento de DST-Aids e Hepatites Virais, Mariangela Simão. Além da falta do combinado, pacientes reclamam da dificuldade na obtenção de 3TC e do medicamento abacavir. Ontem, foram feitas no País manifestações protestando contra o problema de desabastecimento.
Mariangela afirma que o abacavir chegou ao País e deverá estar disponível nos Estados na próxima semana. "Até vulcão colaborou para atraso. Mas agora tudo está resolvido", disse o ministro José Gomes Temporão.
Mariangela afirmou que, diante da falta do lamivudina/zidovudina, foi feita uma reprogramação na produção. Furp e Funed - laboratório oficial de Minas - receberam a encomenda de produzirem mais 25 milhões do medicamento combinado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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