PUBLICIDADE

Leite contaminado deixa 6.000 bebês doentes na China

O ministro da Saúde, Chen Zhu disse, esperar que o número de bebês afetados ainda aumente

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O governo chinês está enviando milhares de inspetores para monitorar produtores, no momento em que autoridades informam que o número de bebês doentes por causa de leite contaminado subiu dramaticamente, de 1.200 para 6.200, em 24 horas. Pelo menos três crianças já morreram e mais 1.300, na maioria recém-nascidas, continuam hospitalizadas. Dezenas estão sofrendo de problemas renais graves. O ministro da Saúde Chen Zhu disse esperar que o número de bebês afetados aumente, "à medida que mais pais levam seus filhos ao hospital". O chefe da agência de supervisão de controle de qualidade da China, Li Changjiang, disse que 5.000 inspetores serão enviados a todo o país para monitorar as empresas, depois que testes realizados pelo governo mostraram que 20% das empresas que produzem leite em pó usam laticínios com melamina. Esse aditivo químico esteve no centro de um escândalo de comida para animais de estimação nos EUA, em 2007. Estima-se que 1.500 cães e gatos tenham morrido depois de ingerir um ingrediente de ração produzido na China e que estava contaminado com melamina. A crise atual põe em dúvida a eficácia dos controles mais estritos que a China prometeu implantar após uma série de ondas de pânico provocadas por produtos contaminados, incluindo exportações de frutos do mar, pasta de dente e ração animal. Também é o segundo grande caso, em anos recentes, envolvendo leite em pó para bebês. Em 2004, mais de 200 crianças chinesas sofreram de desnutrição e pelo menos 12 morreram depois de receber um leite falso, sem nutrientes. Nesta quarta-feira, 17, as duas maiores indústrias de laticínios do país, Mengniu Dairy Co. e Yili Industrial Group Co. se viram entre as companhias forçadas a fazer um recall do leite em pó. Além disso, duas outras companhias, Yashili e Suncare, fizeram recall de leite contaminado que é exportado para cinco países: Bangladesh, Iêmen, Gabão, Burundi e Mianmar.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.