Nesta quarta-feira, 3, o Estadão aborda a situação dos indígenas em meio à pandemia de coronavírus e o caos no sistema de saúde de Manaus e outras cidades do Amazonas em transmissão ao vivo. O entrevistado será Lino João Neves, professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas e doutor em Sociologia pela Universidade de Coimbra. O evento ocorre às 16h, nas redes sociais do jornal.
A cidade de Manaus tem 30 mil índigenas de diferentes povos, registrando no início do mês 91 mortos em 19 povoados. A doença se espalhou para o interior do Estado, que já registra mais casos que a capital, chegando à cidades distantes da capital Manaus, como São Gabriel da Cachoeira, afetando ainda essa população.
Os povos indígenas sofrem ainda com descaso governamental, com sucessivos cortes nos gastos relacionados à sua saúde, e denúncias de que órgãos como a Funai não teriam utilizado a verba que receberam para ações de proteção contra o novo coronavírus.
Em um artigo, Lino alerta para o risco de um genocídio de povos indígenas causado pela pandemia, principalmente entre aqueles que vivem de forma isolada. O professor também denuncia o sucateamento e desestruturação do subsistema de saúde indígena.
É possível participar da discussão com perguntas enviadas pelos comentários da transmissão e também previamente por meio do grupo
, espaço no Facebook para troca de informações sobre a pandemia, aberto a todos os leitores do
Estadão
.
A entrevista é parte de uma série de transmissões ao vivo sobre temas relacionados à covid-19, que já está em seu terceiro mês. Durante a pandemia, o jornal disponibilizou seus principais conteúdos
gratuitamente aos leitores que não são assinantes
. Eles podem acompanhar também o Boletim Coronavírus,
aberta a todos com as principais notícias do dia sobre o tema, a
e os
.