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Lives e experiências nostálgicas ajudam na travessia da crise

Há discordância sobre se as soluções digitais vieram para ficar

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Por Redação
Atualização:
2 min de leitura
Cinema ao ar livre, para ver o filme do carro, na Barra da Tijuca, no Rio Foto: Rudá Albuquerque

Enquanto a sociedade global não atravessa o portal da pandemia, como em uma ficção científica, não é possível saber, diante da trágica realidade, o novo formato do mundo cultural. Fato é que, nessa travessia, estratégias voltadas para o palco digital, como as lives, têm possibilitado algum respiro. O mesmo vale para experiências nostálgicas, como os cinemas drive-in, típico produto dos anos 1960.

Nem todos concordam que essas iniciativas paliativas vão vingar. “As lives, de imediata medicina para o tédio da pandemia, vão se reconfigurar como novo modelo alternativo de forte alcance, tanto para artistas quanto para marcas”, afirma Marcelo Castello Branco, CEO da União Brasileira dos Compositores (UBC). O produtor cultural Luiz Oscar Niemeyer, entretanto, é mais cético. “São uma forma de driblar a crise, de compensar as restrições. Talvez lives permaneçam na educação, mas não na música ou no teatro”, diz. Os eventos no mundo digital vêm dando algum retorno apenas para os grandes artistas.

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Há um aspecto em que a concordância é maior. A retomada será com passos bastante lentos, na dependência constante do achatamento da curva e, por fim, da fabricação da vacina. “A volta será gradual, seguindo um protocolo que incluirá redução da capacidade dos espaços, checagem de temperatura na entrada, uso de máscaras, higienização antes e depois do espetáculo”, diz Niemeyer. E Marcelo Castello Branco concorda: “A volta será lenta, com processos e protocolos cuidadosos, mas também aventuras descuidadas e febris, de experiências efêmeras e tentativas ousadas de testar novos modelos”. 

E o efêmero pode trazer boas surpresas, como os drive-ins que, depois do sucesso em destinos europeus nos últimos meses, começam chegar com força a alguns destinos brasileiros, caso de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Os drive-ins são aventuras de resgate com tintas nostálgicas. Não acredito que perdurem quando as salas confortáveis e com qualidade de imagem e som puderem retornar. Mas, neste momento, tudo é válido sempre quando seguro”, diz Marcelo.

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