BRASÍLIA - Após participar de um evento que foi cancelado no dia seguinte por uma suspeita de coronavírus, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse avaliar se será necessário restringir o acesso na Câmara dos Deputados devido ao risco de circulação do vírus. Maia pediu conselhos ao Ministério da Saúde para tomar a decisão.
“Por enquanto não [vamos fazer nada no Congresso]. Tem que se avaliar se vale a pena, já pedi para o diretor-geral falar com o Ministério da Saúde se vale a pena restringir acesso”, disse. “Aqui circula muita gente por dia, e todo ambiente onde você tem pessoas que circulem com renda de classe média alta, certamente tem algum cruzamento com viagens”, afirmou.
O evento Todos Pela Educação, do qual participaram, na segunda-feira, Maia e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, foi cancelado na manhã desta terça-feira porque a presidente da ONG, Priscila Cruz, estava com suspeita de infecção do coronavírus, os testes, no entanto, deram negativo para o vírus.
Além de Maia, deputados, senadores, secretários de educação de diversos Estados, dirigentes das principais ONGs de educação do País e dezenas de jornalistas estiveram no evento, que ocorreu em um hotel em Brasília. O Encontro Anual Educação Já teria três dias e acabaria apenas nesta quarta-feira.
Cruz era a anfitriã do evento, recebeu e cumprimentou boa parte dos participantes e todas as autoridades. Maia foi um deles. Ele disse, no entanto, que se sentia bem nesta terça-feira, sem qualquer sintoma. Mas não minimizou os cuidados necessários para se evitar a circulação do vírus. “Presidente (Bolsonaro) disse que não há motivos para termos medo, de que há um exagero no assunto. Acho que a gente tem que tomar cuidado, fazer todos os procedimentos que o Ministério da Saúde recomenda, álcool gel, lavar a mão com sabonete, não botar a mão no rosto”, disse.
“Essas preocupações a diretoria geral já deve ter tomado. Colocar mais álcool gel à disposição de todos, e estar sempre circulando com as informações de como proceder para evitar a contaminação”, afirmou ainda Maia.
Depois de falar com a imprensa, Maia parou para limpar as mãos com álcool em gel e um pote fixado ao lado da entrada do elevador privativo de autoridades na chapelaria da Câmara.