Mais uma enfermeira espanhola é isolada por suspeita de Ebola

Após profissional de saúde ter sido diagnosticada com o vírus no país, 6 pessoas foram isoladas e permanecem sob vigilância médica

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Por Redação
Atualização:

MADRI - Uma enfermeira espanhola foi isolada e colocada em observação em um hospital de Madrid nesta quarta-feira, 8, como medida de precaução depois que uma das suas companheiras de trabalho foi diagnosticada com o vírus Ebola nesta semana. Com ela, já são seis pessoas que estão isoladas após ser confirmado o primeiro caso de contágio fora do continente africano. Um total de cinquenta pessoas podem ter mantido contato com a infectada. 

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A enfermeira internada nesta quarta integrava a equipe que tratou de dois religiosos espanhóis que morreram por Ebola no Hospital Carlos III, em Madrid, após serem repatriados da África. Além da profissional de saúde, também está isolado o marido da mulher diagnosticada com o vírus nesta semana, que não apresenta sintomas da doença. 

A ministra da Saúde da Espanha, Ana Mato, assegurou nesta quarta-feira que não há sinais de infecção pelo vírus nas pessoas que mantiveram contato com a enfermeira contagiada. A paciente infectada, segundo explicou Ana, também permanece isolada no Carlos III.

Ativistas do Partido dos Animais e de outras associações se concentram em frente ao bloco de apartamentos onde a enfermeira que contraiu Ebola vive; autoridades de Madri decidiram sacrificar o cachorro dela, chamado Excalibur Foto: Sergio Barrenechea/EFE

Sobre as causas do contágio e a possibilidade de que tenha ocorrido ao retirar as roupas de proteção, a ministra afirmou que há uma investigação aberta e que não há informações novas sobre esse assunto. A auxiliar de enfermagem Teresa Romera, de 44 anos, casada e com dois filhos, deu entrada na segunda-feira desta semana no Carlos III, o mesmo hospital que havia tratado de missionários espanhóis.

Greve. Equipes responsáveis pelo sepultamento de vítimas de Ebola em Serra Leoa declararam greve afirmando que não receberam pagamento, e deixaram nas ruas corpos de mortos, segundo informado nesta quarta-feira pela imprensa do país. 

A uma rádio local, o vice-ministro da saúde, Madina Rahman, disse nesta quarta-feira que a greve está sendo resolvida. "O ministério vai investigar o atraso no pagamento dos trabalhadores", disse Rahman. As equipes de sepultamento são formadas por 600 homens organizados em 12 grupos.

O porta-voz do Ministério da Saúde de Serra Leoa, Sidie Yahya Tunis, classificou a situação como "muito vergonhosa" indicando que havia dinheiro disponível para o pagamento dos trabalhadores. "O governo já vem recebendo críticas nesta semana por atrasar em mais de um mês a liberação de um contêiner com equipamentos médicos e colchões", disse. Serra Leoa é o segundo país africano com maior quantidade de registros do vírus: são 2.437 casos de infecção, dos quais 623 morreram.

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Aeroportos.  Os Estados Unidos aplicarão controle mais rígido nos aeroportos para detectar pessoas com Ebola, com scanner manuais sendo utilizados em todos os aeroportos do país para medir atemperatura dos passageiros. Novos procedimentos de controle do vírus em aeroportos foram apresentados com objetivo de enfrentar a preocupação pública sobre a possibilidade de uma epidemia no país. "Estamos trabalhando intensamente no processo de controle, tanto em partidas como em chegadas", disse o médico Thomas Fireden, diretor do Centro de Prevenção e Controle de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês). 

"Vamos revisar absolutamente cada passo que podemos reforçar nesse processo", acrescentou. O diagnóstico do primeiro paciente com Ebola em solo norte-americano despertou a atenção de autoridades e especialistas sobre a necessidade de introduzir medidas mais rígidas no país. 

A avaliação dos passageiros serviria para detectar pessoas que tenham tido febre nos voos, mas representaria um desafio para os funcionários de controle de fronteiras e para as tripulações das aeronaves. Em agosto, equipes do CDC capacitaram trabalhadores de aeroportos na África Ocidental a utilizar scanners manuais que comprovam se passageiros têm febre ou não. Desde então, cerca de 36 mil pessoas foram abordadas nos voos. 

As medidas de controle permitiu que se impedisse o embarque de 77 passageiros, 74 dos quais tinham febre e três que apresentavam outros sintomas. A maioria estava com malária e nenhum tinha Ebola. As novas medidas que serão tomadas nos aeroportos norte0americanos não foram detalhadas./AP, EFE E REUTERS

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