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Malária mata 1,4 mil crianças por dia em todo o mundo, diz ONU

Secretário-geral classifica dado como 'tragédia monumental' e pede mais esforços no combate à doença

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Por Redação
Atualização:

GENEBRA - Mais de 1,4 mil crianças morrem a cada dia no mundo por causa da malária, uma situação que a Organização das Nações Unidas (ONU) qualificou nesta terça-feira, 24, como uma "tragédia monumental", levando em conta que são vidas que poderiam ser salvas com um investimento muito baixo.

 

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No véspera do Dia Mundial contra a Malária, a ONU divulgou uma mensagem do secretário-geral, Ban Ki-moon, que destacou que a situação melhorou em relação ao ano passado, quando o número de crianças vítimas da malária passou de 1,9 mil, mas considerou inaceitável a alta mortalidade por causa desta doença.

 

"Continua sendo uma tragédia monumental que a cada segundo que morra uma criança por causa da malária, mas podemos ver certa esperança nas muitas vidas que se salvaram graças às intervenções internacionais", afirmou Ban em sua mensagem.

 

O secretário-geral destacou que "mais crianças estão dormindo seguras com telas contra insetos, mais famílias estão se concentrando em quartos protegidos dos mosquitos (transmissores da malária) e mais pacientes recebem os remédios que precisam". "Estes esforços salvaram mais de um milhão de vidas. Desde 2000, as taxas de mortalidade pela malária caíram mais de 25% globalmente e mais de 33% na África", disse Ban, que reiterou como meta da ONU chegar a "zero mortes por malária" em 2017.

 

Ban ressaltou que "neste mundo de abundância não há desculpas para não intervir e investir de maneira inteligente", porque um exame de diagnóstico rápido custa US$ 0,50, os remédios contra a malária em torno de US$ 1, e uma tela contra insetos para várias crianças com uma duração de três anos, em torno de US$ 5.

 

"São valores modestos. Podemos reduzir até mais os custos se financiarmos a pesquisa para encontrar melhores soluções. Enquanto tentamos prevenir hoje as mortes por malária, devemos investir na próxima geração de ferramentas contra a doença (...) e avançar em direção a uma vacina", concluiu o secretário-geral. 

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