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Malefícios da maconha são subestimados, diz estudo

Segundo instituto britânico, consumidores da droga desconhecem riscos para os pulmões

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Por Redação
Atualização:

Especialistas da Fundação do Pulmão da Grã-Bretanha alertam que as pessoas estão subestimando os riscos que o consumo da maconha pode trazer para o sistema respiratório, o que se tornou uma tendência "perigosa e alarmante".

 

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Integrantes do instituto entrevistaram mil adultos e descobriram que um terço deles acreditavam que a cannabis não traz riscos à saúde. Além disso, 88% pensavam que os cigarros comuns, de tabaco, são mais nocivos que a maconha, quando na realidade o consumo da droga torna o risco de câncer de pulmão 20 vezes maior.

 

Um novo relatório da Fundação aponta relações científicas entre o consumo de cannabis e doenças como bronquite aguda, tuberculose e câncer de pulmão. Parte das razões para isso, dizem especialistas, reside no fato de que consumidores de maconha dão tragos maiores e os seguram por mais tempo que fumantes de cigarros de tabaco. Isso significa uma inalação quatro vezes maior de alcatrão e cinco vezes maior de monóxido de carbono.

 

Quase 40% dos entrevistados com menos de 35 anos disse pensar que a maconha não é nociva. Os dados apontam os jovens como os mais prejudicados pelo fato de as informações sobre os malefícios da droga não serem disseminados.

 

Helena Shovelton, chefe-executiva da Fundação, disse que o fato é alarmante. "Enquanto novas pesquisas continuam a revelar as consquências do consumo da maconha, ainda há muita falta de consciência sobre o quanto essa droga pode ser. Não é um problema só dos jovens", afirmou. O relatório do órgão indica também programas educacionais e maior investimento em pesquisas que mostrem os malefícios da maconha. 

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