O governo do Maranhão está monitorando cem pessoas que trabalham no hospital onde um paciente infectado com a variante indiana B.1.617 do coronavírus está internado. O homem, que está na UTI, chegou ao País a bordo do navio MV Shandong da ZHI, procedente da África do Sul.
O Estado informou que esses trabalhadores já tinham sido vacinados contra a covid-19. Até o momento, nenhum apresentou sintomas da doença. Eles estão sendo testados e, se algum resultado der positivo, será feito o sequenciamento genômico da amostra. Nenhum desses profissionais está em isolamento.
Em uma coletiva de imprensa concedida na manhã desta sexta-feira, o governador Flávio Dino afirmou que a embarcação está ancorada a 50 quilômetros da costa e ainda não tem permissão para atracar no porto maranhense. Todos os tripulantes estão isolados em cabines individuais.
Além do paciente internado, outras 14 pessoas que estão a bordo do navio foram diagnosticadas com covid-19. A maioria apresenta sintomas leves da doença ou é assintomática e pelo menos seis delas também foram infectadas pela variante indiana. Duas pessoas chegaram a receber atendimento hospitalar, mas apresentaram melhora e retornaram à embarcação.
Cepa pode ser mais transmissível
A variante B.1.617 foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma "preocupação global" porque pode ter capacidade de transmissão maior do que a cepa original do vírus. No entanto, a instituição ressalta que as vacinas protegem contra "todas as variantes" do coronavírus.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro decidiu proibir voos internacionais com origem ou passagem pela Índia, país onde a cepa foi inicialmente identificada. A proibição se soma a restrições da mesma natureza relativa a voos do Reino Unido e África do Sul.