
25 de outubro de 2011 | 11h31
SÃO PAULO - Cerca de 100 médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo participaram de uma passeata no fim da manhã desta terça-feira, 25, como parte das manifestações da categoria contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho. O grupo saiu em passeata por volta das 12 horas da Avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção à Câmara Municipal de São Paulo, no Centro da capital paulista, onde denunciaram a situação dos médicos.
Médicos do SUS prometem parar hoje
Outro alvo da mobilização em São Paulo será o Projeto de Lei do Executivo, que tramita na Câmara Municipal, que prevê a contratação de médicos sem concurso, de forma temporária, com instituição de jornada semanal de 12 horas e flexibilização da jornada de 20 horas.
Paraná. Em Curitiba os médicos realizam ato público na Boca Maldita, no centro da cidade. Estão sendo distribuídos à população panfletos sobre a precariedade da saúde pública. "Paralisar nossas atividades iria prejudicar aquele pelo qual estamos lutando na tentativa de melhorar a situação, que é o próprio paciente", justificou o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Carlos Roberto Rocha, ressaltando que a categoria defende a melhoria no atendimento no SUS. Para isso, segundo o presidente, é necessário melhorar a gestão e aumentar os investimentos da rede pública de saúde. No Paraná, pouco mais da metade dos cerca de 19 mil médicos do estado atendem no SUS.
O movimento - coordenado pela Comissão Pró-SUS, composta por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) - quer chamar a atenção das autoridades e da população para os problemas que afetam o setor e que comprometem a qualidade do atendimento oferecido. A previsão é que se tenha a adesão de pelo menos metade dos 195 mil médicos que trabalham no SUS, em 21 Estados.
Com Agência Brasil
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.