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Mercosul firma pacto contra cigarro e mortalidade materna

Países propõem a proibir a publicidade ou a promoção de cigarro em todo o bloco regional

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Por Redação
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Os países do Mercosul assinaram nesta sexta-feira, 28, um acordo para reduzir a mortalidade materna e neonatal, e outro pelo qual se propõem a proibir a publicidade ou a promoção de cigarro em todo o bloco regional.   Os Governos assinaram dez acordos e compromissos na área de saúde, além de outro pacto contra a promoção do cigarro na 25ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, que terminou hoje no Rio de Janeiro.   Entre os acordos assinados, também está um pelo qual a região se propõe a adotar diretrizes para um maior controle do câncer de colo do útero e outro para adotar medidas comuns a fim de combater a falsificação e adulteração de remédios e produtos médicos.   Com o Pacto para a Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, os países da região pretendem adotar as medidas necessárias para antecipar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU neste âmbito.   Segundo estatísticas da Organização Pan-americana da Saúde (Opas) citadas pelos ministros, o indicador de mortalidade materna na América Latina em geral, de 190 mulheres que morrem para cada 100 mil bebês nascidos vivos, é dez vezes superior à média dos países desenvolvidos.   Consideram que várias dessas mortes podem ser evitadas através da difusão de informações e da adoção de tecnologia médica adequada, e de medidas de impacto social.   Sobre o cigarro, os ministros assinaram um acordo que pretende estender a todo o Mercosul a legislação já existente no Brasil e que proíbe qualquer forma de publicidade ou promoção em meios de comunicação de cigarros, charutos e cachimbos.   Os ministros alegam que o cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo.   O Mercosul é integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como países membros e Venezuela, em processo de adesão.   Estes países já adotaram medidas conjuntas para estimular a população a adotar hábitos saudáveis que possam contribuir para reduzir a incidência e a mortalidade devido ao câncer e a outras doenças relacionadas ao cigarro.   Outro acordo assinado hoje prevê que os países do Mercosul adotem diretrizes comuns para aumentar o controle sobre o câncer de colo do útero, doença que está entre as dez principais causas de morte de mulheres na região.   Os ministros da Saúde consideram que, apesar da existência de uma vacina contra o papilomavírus humano (HPV), que provoca a doença, as mulheres têm que continuar realizando o exame de Papanicolau.   Entre os compromissos assinados, também estão alguns relacionados à política de remédios do Mercosul e que buscam combater a comercialização de remédios, vacinas e produtos médicos falsificados ou adulterados.   "O objetivo é ter um maior controle na promoção de produtos com impacto na saúde na população do Mercosul, além de promover estratégias para o uso racional de remédios", segundo um comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde do Brasil, que está na Presidência temporária do bloco.

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