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Mesmo com vagas na rede pública, Rio tem 758 suspeitos de covid-19 à espera de leitos

Desse total, 320 pacientes aguardam por uma vaga em UTI. Taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 é de 91% na rede pública na capital fluminense, de acordo com a secretaria municipal da Saúde

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

RIO - Principal foco de contaminação pelo novo coronavírus no estado, o Rio tem 758 pessoas aguardando transferência para leitos dedicados a covid-19, sendo 320 para UTI. Os dados dizem respeito à situação na manhã desta quinta-feira, 14.A fila por uma vaga em um hospital dedicado ao combate à doença acontece mesmo que os órgãos de saúde assegurem que ainda há leitos disponíveis.

"A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que esses leitos que aparecem como 'livres' na plataforma da regulação estão em unidades especializadas, como maternidades, psiquiátricas e pediátricas, e que não podem ser usados para covid-19, já que a rede continua de portas abertas para pacientes com outras necessidades", declarou a pasta, em nota.

Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda Foto: Wilton Junior/Estadão

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Segundo a SMS, em toda a rede pública da capital fluminense - que inclui leitos de unidades de saúde municipais, estaduais e federais - há 1.569 pacientes internados com suspeita de covid, sendo 497 em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 é de 91% na rede pública do município, e a de enfermaria para pacientes com suspeita com o novo coronavírus é de 80%.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), por sua vez, informou a ocupação em toda a rede estadual é de 79% em leitos de enfermaria e 86% em leitos de UTI. "No total, em toda a rede pública, 390 suspeitos ou confirmados de coronavírus aguardam transferência para UTIs, que podem ser regulados para as diferentes redes, seja ela municipal, estadual ou federal", afirmou, em nota.

A SES confirmou também que ainda há vagas disponíveis na rede sob gestão do estado - Hospital Regional Zilda Arns e hospitais de campanha Lagoa-Barra, Maracanã e Parque dos Atletas -, e que diariamente novas vagas são abertas (e ocupadas) nas outras unidades por motivo de alta, transferência ou óbitos de pacientes.

Questionada pelo Estado sobre o motivo de haver leitos disponíveis mesmo que haja uma grande fila de espera, a SES informou que as vagas em hospitais de referência ou campanha são liberadas "gradativamente". Segundo o órgão, unidades de saúde recém-inauguradas não podem operar com capacidade máxima num primeiro momento, seja por falta de profissionais, equipamentos ou mesmo devido à ambientação aos novos espaços. A secretaria esclareceu ainda que, nos demais hospitais sob gestão estadual, é preciso deixar leitos disponíveis para pacientes com outras enfermidades.

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