
13 de setembro de 2013 | 16h58
SÃO PAULO - Os médicos que passaram pelo último dia de avaliações do programa Mais Médicos em São Paulo foram "blindados" pelo Ministério da Saúde e proibidos de falar com a imprensa. Calados, eles saíram por volta das 12h30 desta sexta-feira, 13, da Escola Municipal de Saúde, zona sul de São Paulo, e seguiram direto para um ônibus estacionado na porta da instituição.
Um assessor do ministério disse que os profissionais poderiam ter o rendimento prejudicado nas provas por causa do assédio. Da mesma forma, quando outro grupo chegou por volta das 14h30 para entrar na escola, o assessor insistiu que eles não iriam falar e os encaminhou diretamente do ônibus à escola. "São orientações de Brasília", afirmou.
No total, 54 médicos - 20 brasileiros e 34 estrangeiros - fizeram as provas nesta sexta em São Paulo, sendo um grupo pela manhã e o outro à tarde. Sete capitais do País aplicaram as provas simultaneamente, mas o Ministério da Saúde não divulgou quantas questões seriam, nem quanto tempo duraria a prova. O Estado adiantou que seriam apenas três questões. Segundo o professor de saúde pública do Sistema Único de Saúde (SUS) João de Deus Gomes da Silva, a avaliação se baseia em situações reais, na qual o grupo é apresentado a um caso médico e deve explicar como proceder.
O curso por que passaram os médicos do programa federal teve duração de três semanas, totalizando 120 horas.
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