BRASÍLIA - O Ministério da Saúde enviou nesta quarta-feira, 6, uma cartilha para vigilâncias sanitárias e hospitais de referência dos Estados sobre como proceder em casos suspeitos de Ebola. Embora o mundo viva o mais extenso e duradouro surto da doença, o material classifica como “improvável” a sua disseminação no Brasil.
Adverte, no entanto, sobre o risco de detecção de casos em viajantes, sobretudo os que desembarcaram no País ainda no período de incubação, que é de 21 dias. Nesses casos, “ é necessário seguir uma série de cuidados para oferecer assistência ao paciente e, ao mesmo tempo, prevenir novas infecções”.
A cartilha classifica como caso suspeito todas as pessoas procedentes nos últimos 21 dias de países com transmissão da doença que apresentem sintomas como febre repentina, acompanhada de sinais de hemorragia. Também são considerados suspeitos viajantes ou profissionais de saúde procedentes desses países que tenham tido contato com pessoa e animais doentes, ou que tenham participado de funerais de pessoas que morreram infectadas.
Isolamento. A recomendação é a de que o paciente suspeito seja imediatamente hospitalizado e isolado, e que material para análise laboratorial seja retirado com todos os cuidados necessários (e somente nos centros de referência). O caso também tem de ser imediatamente relatado às autoridades sanitárias e pessoas que tiveram contato com o paciente com suspeita da doença devem ser monitoradas.
O documento adverte para que os centros não tentem fazer a análise da amostra coletada do paciente. O material deve ser encaminhado para laboratório com alto nível de segurança.
