Ministério da Saúde anuncia que vai dobrar número de leitos para novo coronavírus

De acordo com o governo, o número será de 2 mil leitos que pode ser montados nos Estados, mas reforço ainda não foi requisitado, segundo o ministério

PUBLICIDADE

Por Mateus Vargas
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 12, que dobrará para 2 mil o número de leitos que podem ser montados nos Estados para receber pacientes com o novo coronavírus

Segundo a pasta, ainda não foram feitos pedidos de reforço de leitos dos Estados. Se houver, o ministério diz que em uma semana consegue entregar o kit de equipamentos, com insumos e respiradores, para que o espaço seja montado em espaço apontado nos planos de contingência estaduais.Há estados que avaliam montar os leitos em pequenas enfermarias, por exemplo.

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fala sobre a situação do coronavírus no País Foto: Wilton Junior/Estadão

PUBLICIDADE

"Nenhum hospital pediu reforço de leito. Não teria justificativa (agora). Serão alocados nas cidades, hospitais, onde a demanda estiver ultrapassando a capacidade instalada", disse o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. 

O ministério informou que há 28 mil leitos habilitados pelo governo federal no SUS. Trata-se de estruturas custeadas pela União, a pedido dos governos estaduais. Segundo Gabbardo, há 130 espaços prontos para serem habilitados, o que deve ocorrer nos próximos dias. Estas estruturas podem ou não serem usadas para o novo coronavírus.

Já os 2 mil leitos anunciados nesta quinta-feira, 12, são estruturas complementares, que servirão apenas para o novo coronavírus.

Recursos

O Ministério da Saúde estuda envio de verba aos Estados. Apesar de a União ter se comprometido a custear as internações no SUS pela nova doença, o governo federal reconhece que Estados terão gastos adicionais, como para triagem da doença. 

Publicidade

Uma das ideias em estudo é antecipar a parcela de dezembro de repasses regularmente enviados para bancar procedimentos de média e alta complexidade nos Estados. Gabbardo disse que o valor seria de cerca de R$ 6 bilhões. 

Essa opção será escolhida caso a pasta tenha dificuldade para articular com o Congresso e com o governo a liberação de R$ 5 bilhões já pedidos pelo ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM). 

O ministério terá reunião na sexta-feira, 13, com secretários estaduais para discutir o repasse. Gabbardo disse que o valor pode ser dividido per capita, independente de o Estado ter decretado situação local de emergência.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.