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Ministério da Saúde: 'Estamos de frente a uma casa incendiada. Precisamos retirar as pessoas dela'

Pasta voltou a declarar que idosos e familiares devem ficar em isolamento

Foto do author André Borges
Por André Borges e Emilly Behnke
Atualização:

BRASÍLIA – O secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que a pasta tem defendido o isolamento social das pessoas em diversas situações e que o enfrentamento da covid-19 no País é o mesmo que estar diante de uma “casa incendiada”, onde a prioridade é retirar as pessoas de lá.

Secretário executivo do ministério, João Gabardo dos Reis Foto: Sergio LIMA / AFP

 

Gabbardo se irritou ao ser questionado sobre os

sinais trocados que o Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto têm dado

sobre a necessidade de as pessoas ficarem em quarentena, para evitar a propagação em massa do no coronavírus.

“Estamos diante de uma casa incendiada. Tem gente combatendo com extintor, com escada, com equipamentos mais sofisticados. Todos querem, combater. Não fiquem esperando que o Ministério da Saúde vai colocar palito de fósforo, abanar. Não tentem forçar o Ministério da Saúde a incendiar uma coisa que está em nossa frente.”

Na quinta-feira, Gabbardo deu sinais bem mais amenos. Alinhado ao que defende o presidente Bolsonaro, disse que as pessoas podiam caminhar em parques, andar pelas quadras e quarteirões e frequentar cultos religiosos, desde que não se aglomerem. Já nesta sexta-feira, não houve uma única palavra que indicasse flexibilização ao recolhimento das pessoas em suas casas.

Ao comentar o assunto, disse que “idosos devem ficam em isolamento, familiares dessas pessoas devem ficar em isolamento” e que “todos nós devemos reduzir a circulação para evitar aglomerações”. “Essas medidas em nada foram modificadas e devem continuar sendo as mesmas”, afirmou. O Ministério da Saúde promete uma nova atualização sobre o avanço da covid-19 no País neste sábado, 28. Ao falar sobre o aumento de vítimas e casos de contaminação no País, o Ministério da Saúde afirmou que, nas próximas semanas, a situação vai se agravar e que o coronavírus vai avançar ao lado de outras epidemias históricas e sazonais que, todos os anos, enchem os hospitais brasileiros: a influenza e os surtos dos vírus zika, dengue e chikungunya, causados pelo mosquito aedes aegypti.

 

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