Ministério distribui 16 milhões de doses de vacina contra o sarampo aos Estados

A pasta diz que a quantidade objetiva atender a vacinação de rotina e o reforço para crianças em cidades com surto. 'Estado' mostrou que em busca do imunizante, governo foi ao mercado internacional

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Por Redação
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SÃO PAULO - O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 14, que enviou aos Estados do País mais de 16 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A pasta diz que a quantidade objetiva atender a vacinação de rotina, como prevista no Calendário Nacional de Vacinação. O intuito do ministério também é intensificar a vacinação de crianças de seis meses a menores de um ano que residem em municípios que apresentam surto ativo de sarampo, com crescimento de casos confirmados nos últimos 90 dias.

Vacinação em SP ocorreu também em estações de metrô Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

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O Estado mostrou que, com estoques limitados, o Ministério da Saúde iniciou busca no mercado internacional para compra de vacina contra sarampo. Diante da explosão de casos em São Paulo e com receio de que o quadro se replique em outros pontos do País, a pasta procura alternativas para eventual aumento expressivo da demanda.

A pasta diz que tem reforçado as ações de combate e prevenção da doença em Estados como São Paulo, que recebeu neste ano 6,5 milhões de doses. Rio, Bahia e Paraná receberam juntos 8,2 milhões de doses do imunizante. O casos confirmados nos últimos 90 dias chegaram a 1.226, segundo dados do ministério. São Paulo lidera com 1.220; Rio tem quatro, Bahia e Paraná, um cada. 

O Ministério da Saúde destacou que encaminhou às secretarias estaduais e municipais de Saúde, "um conjunto de recomendações voltadas aos profissionais de saúde sobre proteção e cuidados para evitar a propagação do sarampo nas unidades de saúde do País". "Entre as orientações está que todos os trabalhadores dos serviços estejam vacinados; além da necessidade da oferta de treinamentos periódicos, em relação a segurança e riscos biológicos no trabalho; e remanejamento das gestantes que prestam assistência diretamente aos casos suspeitos e que não têm comprovação prévia de vacinação."

A pasta lembrou que o País vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. "Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)". 

O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, o ministério diz empreender "todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença."

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