O ministério da Saúde lançou nesta terça-feira, 27, novas imagens de advertência para o verso das embalagens de cigarros. As imagens foram escolhidas com base em um estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) que mediu o grau de aversão que as imagens alcançam. Foto: Divulgação "As imagens são fortes. Elas radicalizam a linha que vinha sendo adotada pelo Ministério da Saúde, mas foram construídos por um conjunto de evidências. Há toda uma avaliação para fortalecer essa estratégia", afirmou o ministro da Saúde, Jose Gomes Temporão. A pesquisa, desenvolvida de 2006 a 2008, mediu a reação que 212 pessoas entre 18 e 24 anos apresentaram às imagens. Foram selecionados para a pesquisa fumantes e não fumantes. Foto: Divulgação Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos fumantes adquirem o vício antes dos 18 anos, fazendo com que o tabagismo seja considerado uma doença pediátrica. "O nosso foco são os jovens. Nós percebemos que a indústria desenvolve estratégias para capturar essa garotada e queremos mostrar a outra face da realidade", disse o ministro. No estudo o Inca trabalhou em parceria com os Laboratórios de Neurobiologia da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ) e de Neurofisiologia do Comportamento da Universidade Federal Fluminense (UFF), com o Departamento de Artes & Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Política O Brasil adotou a política de imagens de advertência para a contenção do tabagismo em 2001, somente após o Canadá. A medida faz parte do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, criado há 20 anos. Alguns resultados positivos já foram alcançados, como a redução da proporção de fumantes na população de 34,8%, em 1989, para 22,4%, em 2003. Fotos: Divulgação