Vacina da covid para adolescentes: Ministério passa a recomendar 3ª dose na faixa de 12 a 17 anos

Recomendação das autoridades é pelo uso do imunizante da Pfizer, mas também é possível aplicação da Coronavac; Brasil tem visto alta de infecções pelo coronavírus nas últimas semanas

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Por Redação
Atualização:

O Ministério da Saúde decidiu ampliar nesta sexta-feira, 27, a recomendação da dose de reforço contra a covid-19 para adolescentes entre 12 e 17 anos. A dose de reforço deve ser aplicada quatro meses após a segunda injeção, preferencialmente com a vacina da Pfizer, independentemente da dose aplicada anteriormente. A medida é tomada em meio ao aumento do número de casos do novo coronavírus no País. 

Caso não haja estoque do imunizante da Pfizer, afirma o ministério, pode ser usada a Coronavac, fabricado pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac. Os dois produtos são autorizados pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária.

Pesquisa mostrou que a terceira dose da Pfizer aumenta em até 25 vezes o nível de anticorpos medido depois das duas aplicações de Coronavac e em até sete vezes o alcançado após a imunização completa com a Oxford/AstraZeneca Foto: Tony Winston/MS

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Adolescentes grávidas e puérperas (aquelas que tiveram filhos há poucas semanas) também devem buscar a proteção. No caso de adolescentes imunossuprimidos - como transplantados ou pacientes oncológicos -, as autoridades recomendam somente a vacina da Pfizer.

Especialistas têm alertado sobre a baixa adesão de crianças e adolescentes em relação à vacina. As doses de reforço, de acordo com pesquisas, aumentam o nível de proteção contra a doença e ajudam a fechar o cerco contra nova cepas do vírus. Novas variantes da Ômicron, mais transmissíveis, têm sido identificadas em várias partes do mundo. 

A Prefeitura de São Paulo havia enviado ofício ao Ministério da Saúde pedindo a ampliação do público-alvo da 3ª dose, diante da alta do contágio na cidade. A média móvel de infecções de covid-19 ficou em 22.527 casos nesta sexta, o maior valor desde 3 de abril, conforme dados levantados pelo consórcio de veículos de imprensa com as secretarias estaduais de Saúde. 

O Brasil registrou 117 novas mortes pela doença nesta sexta-feira, 27. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 110, pelo terceiro dia seguido acima de 100 e com tendência de alta.

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