09 de setembro de 2010 | 21h06
BRASÍLIA - Os moradores do município de Chaval (CE), a quase 400 quilômetros de Fortaleza, estão sendo vacinados contra a raiva humana.
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A medida foi adotada depois que a Secretaria da Saúde do Ceará confirmou que um morador da cidade, de 26 anos, contraiu a doença ao ser mordido por uma cadela. Ele está em tratamento médico, mas o quadro clínico é grave.
A secretaria estima vacinar cerca de 200 pessoas, entre parentes, vizinhos, amigos e quem foi mordido, lambido ou arranhado por cães, gatos, saguis (micos) ou morcegos, os principais transmissores da raiva.
O homem contaminado foi mordido pelo animal em maio, mas só procurou atendimento médico no início deste mês. A cadela morreu nove dias depois de agredir o dono e apresentava um quadro de saliva em excesso e agitação - sintomas da doença. Há suspeita de que o bicho de estimação tenha sido infectado por um sagui ou um morcego.
De acordo com a Secretaria da Saúde, o morador foi internado com febre, agitação, excesso de saliva, dificuldade para engolir, alucinações e aerofobia (medo de ficar ao ar livre). Ele está sendo submetido a tratamento com sedação profunda e antivirais no Hospital São José, unidade de referência no Ceará.
O caso de raiva humana é o segundo registrado no Brasil este ano. O primeiro foi o de um homem mordido por um morcego, no Rio Grande do Norte, que morreu.
Em caso de agressão por cães e gatos, os animais devem ser isolados por dez dias para observação de sintomas da doença. Se o animal morrer, técnicos de zoonoses e veterinários devem ser informados. Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde para receber tratamento (vacina e soro).
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de cães e gatos contra raiva como a forma mais eficaz de evitar a transmissão da doença a seres humanos.
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