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Morre criança com suspeita de dengue na BA; há casos em SP

Estado do Espítiro Santo já reconhece epidemia e teme agravamento da situação nas próximas semanas

Por Anne Warth e da Agência Estado
Atualização:

Uma menina de 4 anos morreu na segunda-feira, 16, no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, na Bahia, com suspeita de dengue hemorrágica. Ela estava internada desde a última quinta, e seu estado tinha piorado no sábado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, exames foram encaminhados para o Laboratório Central (Lacen) para confirmar a causa da morte.  Especial: entenda a dengue e veja o balanço de 2008 Outras 14 pessoas seguem internadas no Hospital Couto Maia, em Salvador, considerado como hospital de referência para tratamento de doenças infecto-contagiosas. De acordo com a secretaria, desse total, quatro adultos e três crianças podem estar com dengue hemorrágica e as outras sete com a forma clássica de dengue. Os exames para a confirmação da doença estão em processamento. Em janeiro, foram registrados 4.242 casos de dengue confirmados em todo o Estado da Bahia, sendo 84 em Salvador. No ano passado, o mesmo mês havia assistido a 2.432 casos. Já a dengue hemorrágica foi atestada em 37 casos e já provocou quatro mortes confirmadas, uma em Jequié e três em Porto Seguro. São Paulo Com o registro dos três primeiros casos de dengue na capital paulista, já são 49 o número de pessoas infectadas no Estado desde o início do ano. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde abrangem o período até 3 de fevereiro. Nenhuma das 49 pessoas contraiu dengue hemorrágica. Em janeiro do ano passado, foram confirmados 501 casos de dengue no Estado. O secretário de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, admitiu que a dengue preocupa o governo, principalmente durante o carnaval, em razão do deslocamento de pessoas para outras regiões do País e mesmo dentro do Estado. "Muita gente vai daqui para o Nordeste e para outros Estados e muita gente do interior do Estado vem para a Baixada Santista. Essa movimentação de pessoas pode trazer o vírus da dengue para uma região que não tinha o vírus e, com isso, os surtos da doença têm início. Estamos todos em alerta", disse ele, em evento realizado na secretaria para a entrega de prêmios aos hospitais que mais realizaram transplantes de órgãos e tecidos no Estado. Segundo Barradas, a situação está sob controle na capital paulista - no ano de 2008, foram registrados 216 casos, e em 2007, 2.624, segundo a secretaria municipal. Ele disse que Vigilância Sanitária, em parceria com o Estado, já está atuando para eliminar os focos de criação do mosquito na região do entorno do trabalho e das residências  das pessoas contaminadas na capital paulista, todas localizadas em Itaquera, zona leste de São Paulo. "Se a gente observar a população de São Paulo, de cerca de 10 milhões de habitantes, superior à população da maioria dos Estados brasileiros, ter apenas três casos é um índice baixo, mas não podemos descuidar. Todos temos de eliminar a água parada, que é o local onde o mosquito se cria", alertou. O secretário disse que o Estado está atuando em parceria com as prefeituras no combate à doença, com foco em 78 municípios considerados prioritários e que registraram a maior parte dos casos de dengue em 2008, como Votuporanga, Catanduva e São José do Rio Preto. "Neste ano, estamos fazendo um trabalho forte na região e tivemos até o momento pouco mais de uma dezena de casos na região", explicou. Espírito Santo Já o Estado do Espírito Santo notificou 4.382 casos de dengue entre 1º de janeiro e 2 de fevereiro, com três mortes sob investigação, de acordo com a Secretaria de Estadual de Saúde. Só na última semana, o Estado contabilizou 966 casos. Segundo o órgão, os números continuam apontando para uma epidemia no Espírito Santo e a tendência é que em poucas semanas ocorra o período mais explosivo de aparecimento da doença. Nos últimos dois anos, essa fase teve iniciou em março, após o período chuvoso.     Conforme a secretaria, os 3.212 casos reportados em janeiro - excluindo a última semana - deste ano significam um aumento de 400% ante aos números registrados no mesmo mês de 2008, quando foram notificados 758 casos da doença. Em dezembro de 2008 foram 1.495 notificações. No ano passado, o pico aconteceu no mês de março, quando foram contabilizadas 3.636 notificações. (com Solange Spigliatti , do estadao.com.br)

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