Morte de macacos põe região norte de SP em risco de reincidência de febre amarela

Doença havia sido controlada na área de Ribeirão Preto e Tambaú, que não registram casos desde julho

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - A confirmação da febre amarela como causa da morte de três macacos em Tambaú, na região metropolitana de Ribeirão Preto, preocupa a Vigilância Epidemiológica Estadual por indicar a circulação do vírus em uma região onde a doença já foi controlada. Os primatas foram achados mortos no mês de março, na zona rural, e laudos do Instituto Adolfo Lutz divulgados nesta sexta-feira, 13, confirmaram a doença.

Vacinação contra a febre amarela na UBS Santa Cruz, em Ribeirão Preto, no norte do Estado de São Paulo Foto: FL Piton/Prefeitura de Ribeirão Preto

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Desde julho do ano passado, a região não registra casos de febre amarela. Em Ribeirão Preto, o último óbito pela doença aconteceu em janeiro de 2017. A Secretaria da Saúde afirma que mais de 90% da população estão imunizados.

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Conforme o Grupo de Vigilância Epidemiológica, no período de julho de 2017 até o momento, os 429 casos autóctones - quando a pessoa se contamina no local onde vive - aconteceram na capital e em municípios das regiões da Grande São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista, Registro, São João da Boa Vista, São José dos Campos, Taubaté e Caraguatatuba. Do total de casos, 161 evoluíram para óbito.

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Na região norte, na qual se insere Tambaú, a febre amarela incidiu fortemente no ano de 2016, até o início de 2017. No último dia 23 de março, no entanto, a Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto confirmou a doença em dois saguis mortos. A cidade reforçou a vacinação. Já a prefeitura de Tambaú informou ter ampliado a vacinação na cidade. Municípios vizinhos, como Mococa e Santa Rita do Passa Quatro, também entraram em alerta.

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