Mortes pelo vírus H1N1 chegam a 764 casos no País em 2016
Boletim mostrou aumento de 85 registros em uma semana, com concentração em SP; nº total é 47 vezes maior que o de 2015
Por Redação
Atualização:
SÃO PAULO - As mortes decorrentes de infecções pelo vírus H1N1 no País chegaram a 764 casos. O número, divulgado nesta terça-feira, 7, pelo Ministério da Saúde representa um aumento de 85 registros em comparação ao dado publicado na semana passada. A quantidade total de óbitos já é 47 vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando aconteceram 36 mortes.
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Segundo o ministério, ao menos metade das vítimas do vírus tinham até 51 anos, sendo o mais velho com 93 anos. Outras 64 mortes foram registradas no Brasil decorrentes de infecção por outros tipos do vírus influenza, como o B e A(H3N2). Desse total, o maior número de óbitos aconteceu no Estado de São Paulo, que concentrou 45,7% dos casos. O Rio Grande do Sul (82), Paraná (54),Goiás (44) e Rio de Janeiro (36) foram outros Estados com grande número de vítimas.
Das 832 vítimas do influenza (H1N1 e H3N2), o ministério apontou que 590 apresentavam ao menos um fator de risco que potencializou complicações da doenças, tendo atingido idosos, cardiopatas e diabéticos. Cerca de 75% dos pacientes fizeram uso de antiviral, e ao menos metade deles começaram a medicação em até quatro dias após os primeiros sintomas. A pasta lembrou que o recomendado é que o tratamento seja iniciado nas primeiras 48 horas.
A Região Sudeste também concentrou o maior número de casos diagnosticados (2.013) de influenza A H1N1, sendo 1.714 em São Paulo. Outros Estados que registraram casos neste ano foram Rio Grande do Sul (495), Paraná (466), Goiás (249), Mato Grosso do Sul (143), Pará (141) e Rio de Janeiro (119).
11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
1 / 1211 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
3 - Como é feito o tratamento?
Inicialmente, o tratamento é realizado com medicamentos que aliviem alguns sintomas, repouso e líquidos. Para os pacientes com sinais de agravamento e... Foto: REUTERSMais
5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?
De acordo com a infectologista Ana Freitas Ribeiro, um estudo realizado em 2009 no Estado de mostrou benefício na redução de óbitos por H1N1, com o tr... Foto: REUTERSMais
6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?
O deslocamento de viajantes para regiões onde a circulação de influenza é alta durante o inverno, principalmente países do Hemisfério Norte, como Esta... Foto: REUTERSMais
9 - A vacina é mesmo eficiente?
A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial... Foto: REUTERS/GlaxoSmithKlineMais
11 - Como se prevenir?
A vacinação é a principal medida de prevenção. “É importante que os doentes fiquem em casa, evitem deslocamentos”, disse a infectologista Ana Freitas ... Foto: REUTERSMais
11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
O aumento de casos de gripe H1N1 desde o fim do ano passado colocou população e os governos em estado de alerta, principalmente no Estado de São Paulo... Foto: REUTERSMais
1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?
Os sintomas gerais das gripes são febre, dor de garganta, cabeça e no corpo, coriza, mal estar e tosse seca, com início súbito. A gripe H1N1 apresenta... Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGESMais
2 - Quando devo procurar o médico?
Todos os pacientes que apresentem quadro de gripe e façam parte do grupo de risco - gestantes, puérperas, portadores de doenças crônicas, obesidade, s... Foto: REUTERSMais
4 - Onde encontrar os remédios?
Os medicamentos, distribuídos pelo Ministério da Saúde, devem ser prescritos pelo médico. Cada município tem sua rede de unidades de saúde que atendem... Foto: REUTERSMais
7 - Quem deve tomar a vacina?
A vacina disponível no serviço público deve ser tomada pelos grupos de maior risco. A campanha de vacinação de influenza anual é realizada nas unidade... Foto: REUTERS/Brian SnyderMais
8 - Quais são os grupos de risco?
Crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhador de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, adolescentes e jov... Foto: REUTERS/Eric GaillardMais
10 - Como acontece a transmissão?
A transmissão ocorre pela via respiratória, por contato próximo com doentes de gripe, durante a fala, espirro e tosse. Há possibilidade também da tran... Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃOMais
Vacina. A pasta de Saúde do governo federal informou nesta terça que mais de 47,6 milhões de pessoas se vacinaram contra a influenza neste ano, uma cobertura de 95,5% do público-alvo da campanha, composto de 49,8 milhões de pessoas.
"Apesar de a campanha ter encerrado no dia 20 de maio, a vacinação prossegue em alguns estados e municípios, já que o Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses da vacina – uma reserva técnica de 4,2 milhões de doses acima do quantitativo de pessoas que integram o público prioritário", declarou o ministério.
O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.
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As pessoas deste último grupo são mais vulneráveis a desenvolver a forma grave da doença. As crianças que tomaram a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar aos postos de saúde para aplicação da 2ª dose até o dia 20 de junho.