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Mortes por câncer crescerão mais que o dobro até 2030

Segundo estudo da OMS, incidência da doença crescerá de maneira exponencial nos próximos anos

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Por Redação
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Um relatório da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer alerta para o crescimento desta doença que, segundo seus cálculos, custará a vida de 17 milhões de pessoas ao ano até 2030, contra 7,6 milhões de 2007, segundo o "Relatório Mundial do Câncer 2008", apresentado nesta terça-feira, 9, pela Agência (Iarc, na sigla em inglês), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Os analistas que elaboraram o estudo destacam que a incidência desta doença duplicou mundialmente nos últimos 30 anos e advertem que, se não se intervier em breve, seguirá crescendo de maneira exponencial nos próximos anos. O relatório dá como exemplo que em 2030 haverá 27 milhões de casos novos de câncer, o que elevará para 75 milhões de pessoas as que viverão com este mal no mundo e se traduzirá em uma taxa de mortalidade anual de 17 milhões de pessoas. Estes números significam um forte aumento em relação às de 2007, quando se registraram 12 milhões de novos casos de câncer, 5,6 milhões deles em países em desenvolvimento, e 7,6 milhões de mortes, das que 4,7 milhões se deram em economias em desenvolvimento. O estudo destaca que a doença está crescendo com maior velocidade nos países de renda média e baixa, que têm menos recursos para combatê-la. No entanto, os países desenvolvidos não se livram desta doença, devido, segundo o estudo, a um estilo de vida que favorece os maus hábitos, como a dependência ao tabaco, seguido da má alimentação e a falta de exercício. Com cerca de 1,3 bilhões de pessoas viciadas em nicotina no mundo, o tabaco continua sendo, diz o relatório, a principal causa de câncer e também a mais evitável. Os países em desenvolvimento sofrem dos males do tabaco, que, de acordo com os pesquisadores, gera 12% de seus casos de câncer, uma percentagem que segue crescendo, enquanto outros 25% têm sua origem em doenças crônicas. O relatório alerta que, devido a um hiato de 40 anos entre mudanças nos hábitos tabagistas e redução da doença, o pior nos países em desenvolvimento ainda deve estar por vir. O estudo também adverte que, dada a tendência atual, a taxa de doença e morte por câncer aumentará à média de um ponto por ano e que os maiores crescimentos se darão na China, na Índia e na Rússia.

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