
11 de novembro de 2010 | 15h36
Pesquisadores britânicos criaram mosquitos geneticamente modificados que usam o sexo para eliminar sua própria espécie. Cientistas afirmam que a ideia poderá ajudar a interromper a disseminação rápida da dengue.
Cientistas de uma empresa chamada Oxitec realizaram um pequeno teste com a Unidade de Controle e Pesquisa de Mosquito, nas Ilhas Cayman.
O trabalho determinou que a liberação de 3 milhões de mosquitos geneticamente modificados numa pequena área foi capaz de reduzir a população da espécie em 80% ao longo de seis meses.
"A ideia se baseia em liberar machos estéreis que vão acasalar com fêmeas silvestres", disse o principal cientista da Oxitec, Luke Alphey.
"Uma das principais vantagens é que os machos procuram ativamente pelas fêmeas. É o que são programados para fazer".
Larvas são produzidas, mas a maioria morre logo depois de eclodir, e as demais sobrevivem muito pouco.
A equipe de Alphey produziu um mosquito macho Aedes aegypti capaz de atrair acasalar com as fêmeas, mas que é programado para morrer caso não seja alimentado com um antibiótico.
Os filhotes herdam essa dependência, e como não têm acesso ao antibiótico na natureza, morrem.
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