MPE abre inquérito para apurar fechamento de pronto-socorro

O provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, foi convocado para comparecer ao órgão na tarde desta quarta-feira

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:

Atualizada às 17h07

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SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual abriu, nesta quarta-feira, 23, um inquérito civil para apurar o fechamento do pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia. O hospital interrompeu suas atividades nesta terça, por falta de recursos. O provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, foi convocado para comparecer ao órgão ainda nesta tarde.

As promotoras substitutas Paula de Figueiredo Silva e Paula Villanacci Alves Camasmie argumentam que é imperioso instaurar o inquérito para apurar a situação da Santa Casa uma vez que o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado e a Secretaria municipal de Saúde informaram que os repasses para manter o pronto-socorro estão sendo feitos corretamente e informaram até pagamentos extras. 

A reunião com Abdalla foi solicitada "com absoluta urgência" e a única pauta é tratar do fechamento do pronto-socorro. O provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, disse na porta do Ministério Público Estadual (MPE) que vai aceitar os R$ 3 milhões oferecidos pelo governo do Estado para a reabertura do pronto-socorro.

"Vou reabrir com a condição de que ele (secretário de Estado da Saúde) me dê mais (dinheiro). Vou me reunir com ele, dizer que aceito (os R$ 3 milhões) para não criar problemas. Mas, se vai durar um, dois ou três dias, não sei. Esse dinheiro vou entregar direto para um dos fornecedores", disse Abdalla. Ele não falou, entretanto, quando será a abertura.

O Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo suspendeu os atendimentos de urgência e emergência Foto: Werther Santana/Estadão

Verbas. A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo anunciou na manhã desta quarta-feira, 23, um repasse emergencial de R$ 3 milhões para que a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo reabra imediatamente o seu pronto-socorro, fechado na noite desta terça-feira, 22.

A entidade acumula uma dívida de R$ 50 milhões com fornecedores, que deixaram de entregar os insumos por falta de pagamento.

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