18 de fevereiro de 2011 | 12h57
O modelo mais popular usado pelos geneticistas nos últimos 35 anos para estudar a evolução humana pode ter deixado passar mudanças mais sutis e comuns, ponta um novo estudo internacional.
Veja também:
Primeiros humanos não eram tão diferentes de nós
Descoberta evidência transferência de DNA humano para bactéria
Dentes achados em Israel despertam dúvidas sobre a origem do homem
Homem moderno deixou a África 65 mil anos antes do que se pensava
Osso do pé encontrado na Etiópia comprova que 'Lucy' já era bípede
Mudanças seletivas clássicas, quando uma mutação genética benéfica se espalha rapidamente entre a população humana, são apontadas como o principal fator que impulsionou da evolução humana. Mas uma nova análise computacional, publicada no nesta sexta-feira, 18, na revista Science, revela que esses acontecimentos podem ter sido raros, com pouca influência sobre a história da nossa espécie.
Ao examinar as sequências de cerca de 200 genomas humanos, a pesquisa, liderada por Ryan Hernandez, PhD e professor assistente de Bioengenharia e Ciências Terapêutica da Universidade da Califórnia em San Francisco, descobriu novas evidências que argumentam contra as mudanças seletivas como o modo dominante de adaptação humana.
O estudo sugere que pequenas alterações em múltiplos genes podem ter sido o principal condutor das mudanças nos fenótipos humanos e que novos modelos são necessários para refazer os passos da evolução genética.
Segundo o modelo clássico de mudança seletiva, um gene novo e vantajoso aparece e rapidamente se espalha pela população. Devido ao seu rápido crescimento, o gene se torna fixo no genoma com menor variação do que um gene que se espalha mais lentamente e que estava sujeito aos efeitos de recombinação.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.