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Município paulista confirma sétima morte por febre maculosa

A vítima, um homem de 37 anos, residia em uma região de represas, na zona leste de Americana

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
A doença é transmitida pelo carrapato-estrela, que se hospeda em bois, cavalos, cães e, principalmente, na capivara Foto: HÉLVIO ROMERO/AE

SOROCABA - A prefeitura de Americana, no interior de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira, 27, a sétima morte pelo surto de febre maculosa que atinge o município. A vítima, um homem de 37 anos, residia no bairro Antônio Zanaga, uma região de represas, na zona leste da cidade. 

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Familiares relataram que ele esteve nas margens do Rio Atibaia, onde vivem capivaras, principal hospedeiro do carrapato-estrela, que transmite a doença. Este mês, a prefeitura havia confirmado a febre maculosa como causa da morte de uma menina de 7 anos, moradora do mesmo bairro.

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As outras cinco mortes aconteceram em maio e todas as vítimas moravam nessa mesma região. O município ainda investiga se a febre causou a morte de outras duas pessoas, entre elas, uma criança de dois anos. A prefeitura interditou 15 áreas onde foi detectada a presença do carrapato-estrela, entre elas pontos turísticos da cidade, como a Praia dos Namorados, Praia Azul, Prainha do Zanaga e pesqueiros do Rio Piracicaba. Placas instaladas nesses locais advertem as pessoas para que não entrem nas áreas, por causa do risco de pegar a doença.

Em Pedreira, na mesma região, foram confirmadas duas mortes por febre maculosa. As vítimas são uma mulher de 60 anos e um adolescente de 17 anos. Ambas teriam sido infectadas ao frequentarem um lago em propriedade particular, no Jardim Andrade. A prefeitura instalou placas no acesso e nas margens do Rio Jaguari, alertando para o risco.

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A febre maculosa é uma doença infecciosa febril aguda, causada pela bactéria Rickettsia ricketsii, transmitida ao homem pela picada de carrapatos, principalmente o estrela. Não há transmissão direta entre humanos. Em 93% dos casos, o paciente necessita de hospitalização e, em 64%, a doença evolui para óbito, segundo estudo da Secretaria da Saúde do Estado. No ano passado, foram notificados 14 casos e 9 óbitos pela doença no Estado. Em 2016, tinham sido 64 casos e 37 mortes.

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