'Não só o Brasil, todos os países devem tomar medidas com base na ciência', diz OMS

Michael Ryan, diretor do programa de emergência da Organização Mundial da Saúde, afirmou que entidade tem apoiado o Brasil e outros países das Américas na luta contra a pandemia

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Por Paulo Beraldo
Atualização:

Um dia após a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi questionada sobre a saída do ministro e voltou a afirmar que a ciência deve basear a tomada de decisão de políticas públicas. 

"É essencial que não só o Brasil, mas todos os governos, tomem decisões baseadas em evidências e tenham uma resposta do governo inteiro e da sociedade inteira ao responder à pandemia de covid-19", afirmou o diretor do programa de emergência da OMS, Michael Ryan. 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, e diretor do programa de emergências, Michael Ryan. Foto: REUTERS/Denis Balibouse

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Ryan afirmou ainda que a OMS vai focar em fornecer apoio técnico, operacional e científico ao Brasil, por meio da Organização Pan-Americana de Saúde, o escritório regional da OMS para as Américas. "(Queremos) fazer isso consistentemente, sem falhas, em apoio ao Brasil e a todos os países das Américas." A entidade afirmou que está apoiando o Brasil desde janeiro e agradeceu Mandetta pelos serviços prestados. 

Mandetta foi demitido na quinta-feira, 16, após semanas de desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro sobre a melhor forma para combater o coronavírus. O presidente defende acabar com as quarentenas e medidas de distanciamento social, enquanto o ex-ministro era favorável a manter a restrição de movimentação de pessoas para reduzir a disseminação do vírus da covid-19. 

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