06 de maio de 2011 | 11h59
SÃO PAULO - Os cientistas da Nasa estão empolgados com a passagem do asteroide 2005 YU55 a 325 mil km da Terra em novembro. O corpo celeste não representa perigo para o nosso Planeta, mas poderá revelar detalhes importantes para a ciência.
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Os pesquisadores aproveitarão a oportunidade, que só é comparável ao que ocorrerá em 2028, quando o asteroide 2001 WN5 deverá chegar ainda mais perto da Terra, para estudar a superfície do asteroide. A passagem do corpo celeste tão próximo assim é relativamente comum, acontece mais ou menos a cada 25 anos. O que torna esta passagem importante é que agora os pesquisadores possuem instrumentos para estudá-los apropriadamente."Quando objetos deste tamanho passaram próximos à Terra no passado, nós não tínhamos o conhecimento e a tecnologia par nos aproveitarmos destas oportunidades", explica a cientista Barbara Wilson.
Este asteroide tem cerca de 400 metros de diâmetro e foi descoberto em 2005 por Robert McMillan. Em 2010, Mark Nolan e sua equipe do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, conseguiram reproduzir imagens do asteroide enquanto ele estava a 2,3 milhões de quilômetros da Terra. Quando ele passar próximo ao planeta em 8 novembro deste ano, estará sete vezes mais próximo, o que possibilitará melhores imagens para os cientistas, que utilizarão o radar Goldstone para isso.
Espera-se uma resolução de imagem de 4 metros por pixel. A expectativa pela qualidade da imagem é tão grande, que os cientistas esperam poder estudar a composição mineral do asteroide, que faz parte do tipo C, os possíveis representantes dos materiais primordiais que formaram nosso sistema solar.
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