27 de junho de 2016 | 05h00
BRASÍLIA - A falta de medicamentos para tratamento de sífilis congênita (transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez), que se arrasta há quase dois anos, pode ser reduzida nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na semana passada a dispensa de registro da matéria-prima para produção da penicilina cristalina, usada para tratamento das crianças, até dezembro.
A permissão, requisitada pelo laboratório Blau Farmacêutica, se estende até dezembro. A matéria-prima necessária para o medicamento teve redução drástica nos últimos anos, deixando fabricantes nacionais sem alternativa para produção. O sanitarista Artur Kalichman, do Programa Estadual de DST/Aids, afirma que, em São Paulo, o estoque de cristalina está próximo do fim, mas o problema atinge todo o País. Para contornar a falta do produto, médicos têm sido orientados a receitar o remédio apenas para casos mais graves.
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O Ministério da Saúde admitiu a falta do remédio e disse estar em contato com a Organização Pan-Americana de Saúde para compra emergencial. O número de casos de sífilis congênita praticamente triplicou em seis anos. Em 2008, eram 5.728. Em 2014, foram 16.172.
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