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No exterior, alunos e professores têm acesso fácil a testes para identificar covid-19

Países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos têm protocolos nacionais sobre como as escolas, pais e professores devem agir durante a pandemia

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Por Renata Cafardo
Atualização:

Países como Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos têm protocolos nacionais sobre como as escolas, pais e professores devem agir durante a pandemia, algo nunca elaborado pelo governo de Jair Bolsonaro. Além disso, testes de fácil acesso e gratuitos ajudam a manter o ambiente escolar seguro. 

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Na Alemanha, os alunos só podem entrar na escola com resultado negativo de covid, feito semanalmente O teste pode ser realizado na escola mesmo ou em casa e é oferecido gratuitamente. Se a criança tiver sintomas leves de resfriado, como coriza sem febre, ela pode frequentar as aulas presenciais desde que também apresente o resultado negativo.

Nos Estados Unidos, as recomendações nacionais citam seis sintomas que impedem a criança de frequentar a escola: febre, dor de garganta, tosse, dificuldade de respirar, diarréia ou vômito e dor de cabeça. A tradutora brasileira Alice Figueiredo Lobo, que mora em Readington, Nova Jersey, e tem dois filhos, diz que o fato de haver uma enfermeira na escola ajuda muito. 

O mais novo, Daniel, de 6 anos, é alérgico e tem crises nesta época do ano. “Outro dia, ele estava com dor de cabeça, coriza, mas a enfermeira examinou, viu que era alergia e ele continuou na escola”, conta. Segundo ela, desde que as aulas presenciais voltaram, em setembro, nunca a sala de nenhum dos dois filhos ficou suspensa por suspeita de covid. Como os testes também são acessíveis e rápidos, quando uma criança tem sintomas, logo se sabe o resultado. “Nunca soube de nenhum pai se recusou a fazer o teste, todos querem que os filhos voltem logo para a escola.”

Na escola que Daniel frequenta com o irmão Nicholas, de 9 anos, o uso de máscara é obrigatório e as carteiras são divididas por painéis de acrílico para que não haja contato entre os colegas. Os professores - já vacinados - não tocam os alunos e todos ganharam ipads para se comunicar com os que estão em casa por opção dos pais. Daniel se diz feliz com a volta. “Na escola, consigo falar sem precisar tirar o computador do mudo”, diz o menino.

Em New Jersey (EUA), na escola de Daniel, 6, e Nicholas, 9, existe uma enfermeira de plantão Foto: ARQUIVO PESSOAL

Já no Reino Unido, as crianças não precisam usar máscaras nas escolas, mas são testadas duas vezes por semana independentemente de sintomas. Os professores também fazem exames com a mesma frequência. Os testes podem ser encomendados gratuitamente em sites do governo, para serem feitos em casa ou na escola. 

Na Inglaterra, que já vacinou a maioria da sua população, até as universidades voltaram a funcionar presencialmente este mês. Se uma criança é afastada da escola por diagnóstico de covid, famílias mais vulneráveis podem receber uma compensação financeira do governo para ficar em casa com o filho. 

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