26 de maio de 2020 | 09h45
A covid-19 pode até não ser tão comum em crianças, mas é fato que elas ainda merecem atenção diferenciada quando há suspeita de infecção pelo novo coronavírus -- e em qualquer outro caso. Mas, como saber se uma tosse ou febre são motivos suficientes para levar os filhos ao pronto-socorro? E se bater aquele medo de colocar a criança em um ambiente de maior risco para a doença? O hospital realmente é um local mais propenso à contaminação?
Os receios dos pais se agravaram neste período, inclusive aqueles que precisam levar os pequenos ao médico por outros motivos, como emergências ou tratamentos e cirurgias de condições previamente diagnosticadas. (Saiba aqui quais sintomas não podem esperar).
É claro que um período sem idas à escola diminui os acidentes, mas estudos apontam que há receio de ir ao hospital por conta da pandemia., Segundo Felipe Monti Lora, gerente médico de Serviços e Unidades do Sabará. “O receio de ir a um hospital, quando necessário, não deve ser maior do que o de sair de casa para ir a qualquer outro lugar. Sendo que o hospital tem uma vantagem: o controle rigoroso na porta de entrada.” Para garantir a segurança e a tranquilidade de todos os pacientes (com ou sem suspeita de covid-19), o Sabará Hospital Infantil implementou mudanças no fluxo de atendimento.
Novo fluxo de atendimento
Pacientes com sintomas respiratórios são separados e isolados dos demais na chegada ao hospital, desde o dia 17 de março. Todos os cuidadores receberam treinamento específico após o início da pandemia e, mais recentemente, os que ficam na recepção do hospital passaram a medir a temperatura de todos que chegam (pacientes, acompanhantes e visitantes) com termômetro infravermelho, além de perguntar se apresentaram sintomas respiratórios nas últimas 24 horas. Caso afirmativo, esses pacientes são encaminhados a uma ala separada do hospital.
Para as crianças com cirurgia agendada, é feita coleta domiciliar de pesquisa para a covid-19 de 72 horas a 48 horas antes do procedimento. Além disso, a avaliação pré-anestésica é realizada utilizando telemedicina, e pacientes e responsáveis chegam ao hospital já com máscaras cirúrgicas que recebem em casa, ressalta Rogério Carballo Afonso, gerente médico de Telemedicina e Novos Negócios do Sabará Hospital Infantil. “Apesar da pandemia, alguns tratamentos precisam ser continuados. A mesma coisa acontece com procedimentos cirúrgicos”, diz. “E como a gente sabe quanto tempo a criança pode esperar [para uma cirurgia]? A melhor pessoa para dizer isso é o cirurgião que acompanha essa criança, alinhado aos protocolos de indicação que o Hospital desenvolveu em conjunto com seus especialistas. ”
Para auxiliar na decisão de levar ou não os pequenos ao hospital e fazer um acompanhamento seguro, o Sabará lançou também o serviço de telemedicina, atualmente disponível tanto para urgência quanto para consultas com especialistas. “Hoje, 65% dos atendimentos que realizamos por telemedicina são resolvidos já na consulta [a distância]”, explica Afonso. “Uma parte ainda precisa da avaliação presencial, e nosso médico pode fazer essa indicação.” Outra vantagem é que, com essa consulta online prévia, os pacientes encaminhados ao hospital já são aguardados pela equipe.
Com estrutura totalmente pensada segundo a necessidade das crianças -- desde ambiente lúdico até mobiliário específico infantil, e profissionais capacitados para trabalhar com essa faixa etária --, o Sabará Hospital Infantil é um dos únicos exclusivamente pediátricos do Brasil e único privado no Estado de São Paulo. É um dos poucos hospitais pediátricos no mundo acreditado pela Joint Commission International.
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