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Novo consenso alerta para dores mais comuns em crianças

Documento da Sociedade Brasileira de Pediatria ajuda médicos a diagnosticar e tratar queixas pouco valorizadas

Por Karina Toledo
Atualização:

SÃO PAULO - A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) acaba de lançar o Consenso sobre Dores Pouco Valorizadas em Crianças. O material reúne as mais modernas evidências científicas para ajudar os médicos a diagnosticar e tratar oito tipos de dores que, embora sejam bastante comuns em crianças e adolescentes, recebem pouca atenção nos consultórios.

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"Reunimos as evidências mais modernas e a opinião de médicos especialistas nessas áreas", conta Claudio Len, professor Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da SBP. O objetivo, diz, é ressaltar a importância de reconhecer e tratar essas dores. "Criança tem dor e essa queixa tem de ser valorizada. Estudos mostram que quando a criança fica muito tempo com dor e não recebe tratamento, desenvolve uma memória dolorosa e se torna um adulto mais sensível à dor", explica.

O consenso também pretende evitar que as crianças recebam remédios inadequados, que além de não resolverem o problema aumentam o risco de efeitos colaterais.

As queixas de dor correspondem a mais de um terço das consultas pediátricas, tanto em pronto-socorros quanto em consultórios e ambulatórios, e acometem crianças de todas as idades. A cefaleia ou dor de cabeça é a queixa mais frequente da população infantil, sendo a enxaqueca a principal causa de dor de cabeça recorrente. A dor abdominal recorrente é a segunda mais comum e atinge cerca de 10% dos escolares.

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