Cientistas americanos descobriram um hormônio responsável por parte dos benefícios da atividade física à saúde e que, no futuro, poderia ser utilizado para tratar problemas como a obesidade, mostra um estudo publicado na Nature. A pesquisa, feita na Faculdade de Medicina de Harvard, mostrou que o exercício estimula a produção de um hormônio chamado irisin, que age sobre as células brancas do tecido adiposo. Um estudo feito em ratos mostrou que o aumento dos níveis desse hormônio no sangue leva a um aumento do gasto energético total, sem mudar a quantidade de exercício ou a ingestão de comida. Desse modo, os animais tiveram mais resistência à obesidade e ao diabetes, e tiveram mais esperança de vida. As mudanças sugerem que irisin poderia ser o hormônio responsável nos humanos pelo benefício do exercício físico, principalmente aqueles relacionados ao gasto energético e resistência à obesidade. Os autores acreditam que o hormônio poderia servir de tratamento injetável em casos de doenças metabólicas e outros distúrbios nos quais o exercício mostra uma melhora da doença. Durante a pesquisa, os especialistas colocaram os animais para correr em uma roda durante três semanas e observaram que a concentração do hormônio no sangue subiu 65%. Os cientistas detectaram os mesmos efeitos em várias amostras de músculos de pessoas, antes e depois de dez semanas de treinamento físico supervisionado, em que os níveis do hormônio duplicaram em comaparação com os encontrados em pessoas que não fizeram exercícios.