O advogado que lutou pelo combate à pólio

Ao lado do presidente Roosevelt, acometido pela doença, Daniel O’Connor criou uma fundação para financiar pesquisas

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Por Redação
Atualização:
A poliomielite atingiu Franklin D. Roosevelt aos 39 anos e mudou a forma de os EUA encararem a doença Foto: FDR Presidential Library & Museum/Margaret Suckley

Para o desenvolvimento das duas vacinas contra a poliomielite, Salk e Sabin contaram com a influência decisiva de um terceiro personagem, o advogado Daniel O’Connor. Ex-sócio do presidente americano Franklin D. Roosevelt, diagnosticado com pólio aos 39 anos, O’Connor criou com o político a Fundação Georgia Warm Springs, dedicada à reabilitação de pacientes com a doença. Foi da instituição que veio grande parte do dinheiro que custeou as pesquisas relacionadas aos imunizantes.

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Em 1934, a fundação promoveu o primeiro Baile de Aniversário em homenagem ao presidente, pedindo aos convidados, empresários ricos e celebridades, doações ao centro de reabilitação. Como resultado, levantou US$ 1 milhão. Quatro anos depois, a entidade mudou de nome para Fundação Nacional para a Paralisia Infantil e ganhou um novo objetivo: financiar as pesquisas para o desenvolvimento da vacina contra a poliomielite.

No mesmo ano, em um evento de arrecadação de fundos, o músico Eddie Cantor pediu ao público que enviasse moedas de 10 centavos ao presidente, cunhando o termo “March of Dimes”, ou Marcha dos Dez Centavos, em tradução livre. O público respondeu ao pedido e mandou US$ 1,6 milhão à Casa Branca, um valor exorbitante para a época.

O evento passou a ser repetido anualmente e, em 1955, dez anos após a morte de Roosevelt, a fundação anunciou os resultados bem-sucedidos da pesquisa da vacina de Jonas Salk. Como presidente da entidade por mais de trinta anos, O’Connor criou um formato autossustentável que serviria de modelo para outras instituições sem fins lucrativos.

Arte Estadão Blue Studio 
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