25 de outubro de 2011 | 15h16
O peso corporal e os hábitos alimentares parecem estar relacionados ao risco de desenvolver linfoma não-Hodgkin, mostra um estudo da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos.
Entenda o linfoma não-Hodgkin
"As causas da doença não são bem conhecidas e, infelizmente, não conhecemos muito bem meios específicos de prevenir ou reduzir o risco", diz Kimberly Bertrand, uma das autoras.
Em estudos anteriores foram encontradas associações positivas entre linfoma não-Hodgkin e a ingestão de gordura trans. Para ampliar a descoberta, os autores avaliaram a relação entre obesidade e o consumo de certos tipos de gordura, frutas e vegetais e o risco para a doença.
Os cientistas analisaram dados de questionários de quase 50 mil homens acompanhados ao longo de 22 anos e de quase 100 mil mulheres avaliadas durante 28 anos.
A análise sugere que a obesidade entre os 18 e 21 anos aumenta o risco de a doença aparecer mais tarde. "Homens obesos (com IMC superior a 30 tiveram um risco 64% mais alto da doença, em relação aos magros. Nas mulheres, o índice foi 19% maior.
Em relação à dieta, mulheres que consumiam pelo menos quatro porções de vegetais por dia tinham um risco 16% menor de ter a doença do que aquelas que comiam menos de duas porções.
"Os resultados do estudo, se forem confirmados por outras pesquisas, sugerem que o peso corporal e hábitos alimentares podem ser fatores de risco modificáveis para linfoma não-Hodgkin", conclui a autora.
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