A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu nesta quinta-feira, 13, de que os casos de diabetes, que doença atualmente afeta cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, dobrarão até 2030 se não forem adotadas medidas. Esta doença causa 5% das mortes anuais no mundo, lembra a organização, por ocasião da Dia Mundial do Diabetes, celebrado amanhã. Pelo menos 80% das pessoas afetadas pelo diabetes vivem nos países de renda baixa e média, e, nessas nações, a maioria dos doentes tem entre 45 e 64 anos. A OMS lembra que uma má alimentação e a obesidade são dois fatores importantes nesta doença, que acontece quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não pode utilizar de forma efetiva o hormônio. O Dia Mundial do Diabetes, com o qual se quer gerar no mundo todo maior consciência sobre o problema, está centrado este ano nas crianças e adolescentes. A cada dia, 200 menores de 14 anos são afetados pelo diabetes de tipo 1, uma condição auto-imune para a qual não existem medidas de prevenção, e os casos aumentam 3% por ano. Nas crianças em idade pré-escolar, este aumento é de 6% anual. A campanha deste ano quer conscientizar o público sobre alguns dos sintomas precursores do diabetes de tipo 1, como urinar com freqüência, uma perda rápida de peso, apatia e muita sede. Brasil O Ministério da Saúde fará a partir de 2009 um estudo para identificar jovens com diabetes em todo o País. Com a pesquisa, o governo quer conhecer melhor quais os fatores de risco nessa faixa e fortalecer processos de precaução e atendimento. Na sexta-feira, 14, Dia Mundial do Diabetes, aproximadamente 300 monumentos em mais de 25 países receberão iluminação especial azul com o objetivo de alertar sobre o mundo para a enfermidade. As ações visam a chamar a atenção para os efeitos dessa síndrome, principalmente de portadores e famílias. De acordo com o ministério, o Brasil, até 2025, deverá ir da oitava para a quarta posição no ranking mundial de maiores de 18 anos com diabetes. A quantidade de brasileiros, nessa faixa de idade, com a enfermidade, chegará a 17,6 milhões - quase 2,5 vezes mais que os atuais 7,3 milhões de adultos. (com Daniel Galvão, da Agência Estado)