OMS anuncia descoberta de novo vírus similar ao da Sars

Agente infeccioso foi identificado na Grã-Bretanha em um homem que havia estado na Arábia Saudita; vírus da Sars matou 800 pessoas no mundo em 2002

PUBLICIDADE

Por Reuters
Atualização:

Um novo vírus pertencente à mesma família do vírus da Sars, que matou 800 pessoas no mundo em 2002, foi identificado na Grã-Bretanha em um homem que havia recentemente estado na Arábia Saudita, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS). O órgão de saúde da ONU, que emitiu um comunicado por meio de seu sistema de "resposta e alerta global" no domingo, disse que exames no paciente, um homem do Catar de 49 anos, confirmaram a presença de um novo, ou recente, coronavírus. Os coronavírus são uma grande família de vírus que incluem tanto a gripe comum como a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave, na sigla em inglês). "Dado que este é um recente coronavírus, a OMS está atualmente no processo para obter mais informações a fim de determinar as implicações na saúde pública", disse o comunicado da agência. A Sars apareceu na China em 2002 e matou cerca de 800 pessoas em todo mundo, antes de ser controlada. O diretor do Centro de Infecções Respiratórias da Faculdade Imperial de Londres, Peter Openshaw, disse que neste estágio parece ser improvável que o novo vírus seja preocupante, e pode ter sido identificado apenas por causa de sofisticadas técnicas de testes. "Por enquanto, eu ficaria vigilante, mas não imediatamente preocupado", disse Openshaw à Reuters. A OMS disse que o paciente do Catar havia sido inicialmente apresentado para os médicos no dia 3 de setembro com sintomas de uma aguda infecção respiratória. No dia 7 de setembro, ele foi admitido em uma unidade de tratamento intensivo (UTI) em Doha, no Catar, e no dia 11 de setembro foi transferido para a Grã-Bretanha por uma ambulância aérea. "A Agência de Proteção de Saúde do Reino Unido conduziu testes de laboratório e confirmou a presença de um novo coronavírus", afirmou a OMS. A OMS disse que não recomendava quaisquer restrições de viagens, mas que buscaria mais informações sobre o vírus.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.