10 de junho de 2009 | 14h42
GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião de emergência com especialistas nesta quinta-feira, 10, para discutir a disseminação do surto da gripe H1N1, em um sinal de que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) deve estar pronta para declarar a existência de uma pandemia.
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Folheto oficial do Ministério da Saúde
"O comitê de emergência foi convocado para amanhã ao meio-dia", disse o porta-voz da OMS Gregory Hartl à Reuters. "Eles serão consultados sobre a situação do surto."
A agência da ONU disse na terça-feira que estava prestes a declarar a existência da primeira pandemia de influenza em mais de 40 anos, mas queria garantir que os países estivessem bem preparados para evitar o pânico por causa da doença, conhecida por gripe suína.
A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, consultou anteriormente o grupo de especialistas internacionais antes de elevar o nível de alerta para a nova cepa, que surgiu em abril no México e nos Estados Unidos.
A confirmação da disseminação no nível comunitário numa segunda região além da América do Norte deflagraria a mudança para a fase 6 - significando uma pandemia estabelecida. A escala de alerta pandêmico tem 6 níveis e atualmente se encontra na fase 5.
Até agora foram registrados 27.737 casos da doença em 74 países, com 141 mortes, de acordo com os últimos dados da OMS.
Austrália
A OMS afirmou que o rápido aumento no número de casos de gripe suína na Austrália pode levar a instituição a declarar oficialmente uma pandemia global, segundo. Se isso ocorrer, será oficialmente a primeira pandemia desde 1968, quando um surto de gripe provocada pelo vírus H3N2 matou até um milhão de pessoas em todo o mundo.
Na maioria dos casos na Austrália, no entanto, os pacientes apresentam sintomas leves, e não houve mortes. Mesmo assim, autoridades australianas alertaram que será "inevitável" que a gripe suína deixe vítimas fatais no país.
Atualmente, o nível de alerta da OMS para a gripe suína está na fase 5, em uma escala que vai até 6. Para que este alerta seja elevado, as autoridades apenas precisam da confirmação da transmissão entre humanos fora da América do Norte em larga escala, onde o atual surto começou.
Há menos de um mês, a Austrália apresentava alguns casos da doença. Mas em apenas uma semana, o número de doentes quadruplicou, e agora passa dos 1,2 mil - o maior índice de pessoas infectadas fora da América do Norte.
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