PUBLICIDADE

OMS convoca reunião de emergência sobre Ebola nesta quarta

Entidade vai avaliar medidas que proibiriam viagens para oeste da África; até esta segunda-feira, 4, 887 morreram por causa da doença

Por Jamil Chade
Atualização:

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) convoca para esta quarta-feira, 6, uma reunião de urgência para determinar se a proliferação do vírus do Ebola representa uma emergência para a saúde pública mundial. Especialistas vão avaliar se o vírus tem o potencial para deixar a África e atingir outras regiões do mundo e, se isso for o caso, podem recomendar que viagens não sejam realizadas para os locais mais afetados. 

Crianças liberianas lavam as mãos antes de entrar em uma igreja em Monróvia, capital da Libéria, para rezar pelo fim do Ebola Foto: Ahmed Jallanzo/EPA/EFE

PUBLICIDADE

Até esta segunda-feira, 4, a OMS indicou que 1,6 mil pessoas já foram afetadas pelo maior surto da doença, com 887 mortos. A entidade já anunciou que vai destinar US$ 100 milhões para as operações no oeste da África para conter a doença, enquanto o Banco Mundial prometeu mais US$ 200 milhões. 

Mas a entidade teme que esteja perdendo a guerra na luta contra a proliferação de casos. A Nigéria, país com a maior população da África, registrou seu segundo caso de Ebola, o que deixou a comunidade internacional em estado de alerta. 

O impacto da crise já faz vítimas também na situação econômica da região. Para a Guiné, país mais atingido, o Ebola deve reduzir a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3,5% em 2014. Isso se a doença for freada. 

O comércio entre os países da região despencou e, no campo, agricultores estão abandonando as regiões mais afetadas pelo vírus, deixando as colheitas. 

Gana ainda fechou seu espaço aéreo para os países vizinhos e, no setor da mineração, a projeção é de uma queda acentuada na produção diante da decisão de empresas de retirar seus funcionários desses países. "A comunidade internacional precisa agir rápido para conter e parar este surto", declarou JimYong Kim, presidente do Banco Mundial. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.