26 de novembro de 2009 | 12h44
O assessor especial sobre pandemia de gripe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Keiji Fukuda, afirmou nesta quinta-feira, 26, que a entidade não pode avaliar a importância das mutações detectadas no vírus A (H1N1) da nova gripe.
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"Neste momento, não podemos afirmar com contundência se as mudanças e mutações detectadas no vírus da nova gripe em vários países são fundamentais, se significam uma mudança significativa ou se vai piorar. Não temos certeza, e precisamos de mais informação", disse Fukuda, em teleconferência.
Nas últimas semanas, Brasil, Noruega, Brasil, China, Japão, e Estados Unidos detectaram mutações do vírus da nova gripe em pacientes infectados e com sintomas graves. "Precisamos identificar a mutação e, sobretudo, ter a imagem clínica, saber se o vírus modificado é mais severo ou não", disse.
Em relação à vacinação e às reações alérgicas detectadas, especialmente no Canadá, Fukuda disse - categórico - que "são normais e nada incomuns". "Os índices de efeitos colaterais registrados são totalmente normais e estão em consonância com as reações adversas que acontecem com a vacina contra a gripe sazonal".
Além disso, lembrou que foram administrados cerca de 100 milhões de doses em aproximadamente 40 países e que, na imensa maioria dos casos, não foram detectados efeitos colaterais. "Os seis casos registrados no Canadá foram de um mesmo lote de vacinas administradas a mais de 100 mil pessoas que não desenvolveram nenhum sintoma. Portanto, devemos acreditar que os efeitos colaterais têm a ver com as condições prévias das pessoas e sua exposição ao vírus", afirmou. O assessor especial acrescentou que "devemos comemorar a rápida detecção e retirada do lote realizadas entre o Governo e a empresa".
Em referência à pandemia em geral, Fukuda disse que ainda não é possível afirmar que tenha chegado ao auge no hemisfério norte. Além disso, não quis fazer avaliações sobre como o vírus está atuando em geral no hemisfério norte, já que todo o inverno ainda está por vir na região. Fukuda também mencionou os casos de resistência aos antivirais, em sua maioria, em pessoas com problemas graves de imunodeficiência.
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