OMS lança plano de emergência para combater a pólio

Casos de infecção foram reportados em países onde doença havia sido considerada erradicada

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Por Redação
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a poliomielite uma emergência global nesta quinta-feira, 24, depois de serem reportadas epidemias em países antes considerados livres da doença. O órgão planeja reforçar os programas de combate à pólio nesses locais e aponta que essa luta está em um momento crítico.

 

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A Nigéria, o Paquistão e o Afeganistão são os únicos países onde a doença ainda é endêmica. Mas na China e em regiões da África, por exemplo, os casos reportados recentemente são os primeiros em décadas, o que elevou as preocupações da OMS, que vota nesta semana se declara a erradicação da pólio uma "emergência para a saúde pública". O órgão estima que falhar no combate à doença pode levar a um aumento de mais de 200 mil crianças com paralisia em uma década.

 

Bruce Aylward, chefe da campanha para a erradicação da pólio da OMS, disse que "nos últimos 24 meses, houve grandes epidemias da doença na África, na Ásia e na Europa que afetaram adultos, causando muitas morte". "Isso lembra que, se a erradicação falhar, vamos ver uma terrível volta da doença com consequências bastante difíceis de prever", completou.

 

Segundo Aylward, a iniciativa deve dar grande fôlego ao combate à pólio. A estratégia foi resumida como "uma busca sem descanso pelas crianças ainda não vacinadas". Ele alertou, porém, que são necessários mais US$ 950 milhões em doações para reforçar as ações de vacinação.

 

A OMS estabeleceu 2000 como o ano para a erradicação da pólio. A doutora Margaret Chan, diretora-geral do órgão, disse que o ritmo do trabalho é emergencial.

 

A pólio - também conhecida como paralisia infantil - é uma doença altamente infecciosa e causada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode paralisar o corpo em poucas horas. Uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível, geralmente nas pernas. Entre os que sofrem paralisia, de 5% a 10% morrem porque os músculos vinculados à respiração param de funcionar. 

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