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OMS reconhece 898 casos de gripe em todo o mundo

Um caso confirmado pela Itália e o 1º registrado na Colômbia ainda não fazem parte da contagem

Por Agências internacionais
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na tarde deste domingo, 3, um novo relatório sobre a expansão do vírus da que contabiliza 898 casos confirmados em 18 países. Neste ultimo comunicado, o órgão acrescentou a Itália, com apenas um caso. O segundo caso registrado no país e confirmado pelo governo, assim como o da Colômbia, ainda não entraram na lista oficial.

 

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O México, com 506 casos, Estados Unidos, com 226, e Canadá, com 85, lideram a lista de nações mais afetadas pelo vírus influenza A (H1N1), segundo este último relatório. A OMS disse que o aumento do número de casos do México nas últimas 48 horas reflete os testes de espécimes coletadas antes. Com essa estabilização, o secretário de Saúde do México, Jose Angel Cordova, afirmou que a epidemia está em uma fase declinante, a despeito da propagação para a Europa e América Latina.

 

Em Bogotá, o ministro da Proteção Social colombiano, Diego Palacio, disse que o país está observando 108 casos suspeitos da gripe H1N1. "A pessoa a quem pertence a amostra positiva é um paciente que, como muitos outros pacientes que tiveram contato com o vírus, está em boas condições, e se encontra no momento em sua casa em companhia de seus familiares", disse. 

 

O colombiano que contraiu a gripe suína em uma viagem recente ao México não pôde ter propagado o vírus por ter sido isolado assim que foi registrado como caso suspeito em um hospital de Zipaquirá, afirmaram hoje as autoridades desta cidade próxima à capital Bogotá.

 

"A pessoa (...) foi muito responsável, foi ao hospital assim que chegou de sua viagem do México e esteve totalmente isolada", afirmou o prefeito Jorge Enrique González.

 

Portanto, "não há um alarme geral de que esta pessoa tenha tido contato generalizado (com pessoas)", afirmou González, cujo município se tornou o primeiro da Colômbia com um caso confirmado de gripe suína.

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O caso foi anunciado esta manhã em Bogotá pelo ministro da Proteção Social (saúde e trabalho), Diego Palacio, e o representante no país da Organização Pan-americana da Saúde (OPS), Pier Paolo Balladelli.

 

Na circunstância atual, uma das principais dificuldades é a falta de informações do México. Uma equipe internacional e mexicana de especialistas está tentando elaborar um quadro epidemiológico com base nas vítimas e tentando identificar o ponto de início da transmissão. Mas os detalhes demoram para surgir.

 

Brasil

 

O ministério da Saúde informou neste domingo, 3, que chegaram a 15 os casos suspeitos acompanhados de gripe suína no Brasil. São seis casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, três em Minas Gerais, e um no Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Distrito Federal. Há ainda 44 casos em monitoramento em outros 17 Estados do País.

 

O Gabinete Permanente de Emergências decidiu alterar a definição de caso suspeito e em monitoramento para a doença, aumentando o rigor da vigilância para a contenção do vírus. Com as novas regras, passam a ser considerados casos suspeitos aqueles de pessoas provenientes de qualquer área dos países com confirmação de casos e que apresentem os sintomas da gripe suína ou ainda aquelas que tenham tido contato próximo com pessoas infectadas.

  

Europa

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O Ministério da Saúde italiano confirmou o segundo caso de gripe suína na Itália, depois que no sábado foi anunciado que a primeira pessoa contagiada já está recuperada. Trata-se de um jovem de 25 anos, vindo do México, que se encontra "bem", após ser tratado com antivirais, e que está atualmente isolado em casa com a companheira sob tratamento profilático, em Roma.

 

Na Espanha, o Ministério da Saúde informou que o número de infectados pelo vírus subiu para 40, o que torna o país o mais castigado pela doença na Europa. O ministério informou que a maioria das vítimas já tinha se recuperado. Todos, com exceção de dois deles, tinham visitado o México recentemente. O Reino Unido, Itália e Alemanha também registraram novos casos neste domingo. Pouco mais de uma semana após a preocupação com a doença ganhar contornos mais profundos, o vírus continua como um mistério imprevisível.

 

Ásia

 

A China colocou em quarentena mais de 70 mexicanos, enquanto Hong Kong isolou 350 pessoas em um hotel, como precaução embora nenhum novo caso tenha sido identificado na Ásia. No Egito, a tentativa das autoridades de matar os porcos para evitar eventuais infecções acabou levando criadores de porcos a se confrontarem com os policiais que davam cobertura a agentes que recolhiam os animais para abate. No confronto, 12 pessoas ficaram feridas.

 

Na China, autoridades pediram para que mexicanos se identifiquem ao chegar nos voos e sejam isolados de outros passageiros após a aterrissagem, afirmou o embaixador do México para o país, Jorge Guajardo. Nenhum dos cidadãos colocados em isolamento haviam apresentado sintomas e a maioria não havia tido contato com pessoas infectadas ou lugares com foco da doença.

 

Os EUA confirmaram 226 casos em 30 Estados, com uma vítima fatal, um bebê mexicano que morreu no Texas. Segundo a OMS, além dos EUA e do México, foram confirmados um caso na Áustria, 85 no Canadá, um na China e Hong Kong, um na Costa Rica, um na Dinamarca, dois na França, oito na Alemanha, um na Irlanda, três em Israel, um na Itália, um na Holanda, quatro na Nova Zelândia, um na Coreia do Sul, 40 na Espanha, um na Suíça e 15 no Reino Unido. Não foi comprovada nenhuma morte em nenhum desses países.

 

Ampliada às 18h33

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