OMS vai abandonar 'gripe suína' e usar apenas nome científico

Produtores de suínos e agência da ONU alegam que o nome da doença está prejudicando o comércio

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Por AP
Atualização:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que não vai usar o termo "gripe suína", para evitar confusão sobre o risco representado pelos rebanhos suínos na atual epidemia. 

 

 

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O porta-voz Dick Thompson disse que a mudança de nome vem depois de a indústria agropecuária e a agência da ONU para alimentação terem manifestado preocupação de que o termo "gripe suína" estivesse desorientando consumidores e causando uma matança desnecessária de porcos em alguns países. Ele disse a jornalistas em Genebra que "vamos ficar com o nome técnico-científico, H1N1 influenza A". A OMS já conta 236 casos de gripe suína, mas considera que ainda não há razões para subir o nível de alerta para 6.

 

 

Na quarta-feira, autoridades dos Estados Unidos decidiram chamar o novo vírus A/H1N1 que apareceu no México de "gripe H1N1 2009".

 

Produtores de suínos dos EUA, Canadá e México, estão reclamando das proibições a suas exportações de animal vivo e de carne suína, impostas por vários países, incluindo Rússia e China.

 

Nesta quinta-feira o Egito também começou a exterminar dezenas de milhares de porcos, embora autoridades afirmem que a decisão trata-se mais de uma medida geral de saúde do que uma precaução contra a gripe suína.

 

Apesar do nome, não há relatos nos Estados Unidos de porcos infectados pela doença. A gripe suína inclui componentes de variantes de vírus que também afetam pessoas e aves em três continentes.

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Até agora a OMS manteve o nome da doença, argumentando que o vírus, cujas origens exatas ainda são desconhecidas, tem um componente suíno substancial.

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