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Pacientes em homecare são vacinados contra a gripe H1N1

Imunização em casa evita riscos no transporte e contaminação

Por Paula Felix
Atualização:
Facilidade. Matheus de Almeida, de 14 anos, foi um dos beneficiados pela imunização Foto: JF DIORIO /ESTADÃO

SÃO PAULO - Para pacientes em atendimento domiciliar (homecare), receber a vacina contra o vírus H1N1 demandaria uma logística especial, que envolveria ambulâncias adaptadas e equipamentos para garantir a sua segurança. Para facilitar a vacinação, empresas que oferecem o serviço e a Secretaria Municipal da Saúde estão levando as doses para quem recebe atendimento em casa.

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Para a dona de casa Lilba Cardoso Teles de Almeida, de 40 anos, seria impossível imunizar o filho Matheus de Almeida, de 14 anos, que é portador de uma má-formação que compromete a parte muscular e faz o tratamento em casa.

Na terça-feira, o adolescente foi vacinado gratuitamente. “Ele toma a vacina todos os anos. Para sair de casa com ele, preciso de uma ambulância com respirador, aspirador e auxiliar para levá-lo com segurança. (A vacinação em casa) nos ajuda a imunizá-lo contra essa gripe que dá medo.”

Ela diz que, com o marido, tem tomado uma série de medidas para evitar a contaminação pelo vírus da gripe. “Meu marido espalhou álcool em gel pela casa, evitamos aglomeração e a auxiliar não vem se está gripada.”

Pediatra e diretor executivo e clínico da empresa Home Doctor, Claudio Flauzino de Oliveira afirma que a campanha de vacinação é realizada todos os anos, mas, com a chegada precoce do surto que já matou 91 pessoas no Estado de São Paulo em 2016, a imunização também foi antecipada e iniciada no dia 11. “A logística é tão complicada para alguns que eles não poderiam ser vacinados. Em casa, evitamos a contaminação por bactérias hospitalares e riscos do transporte.” Cerca de 300 pacientes serão vacinados.

A dona de casa Josefa Costa Barros, de 62 anos, ficou aliviada após o filho Sued Tinage, de 41 anos, receber a vacina. Ele sofreu um acidente de moto há 17 anos e respira com ajuda de aparelhos. “Estava preocupada, porque ele é uma pessoa que está debilitada. Sempre tem infecção e fica vulnerável a qualquer coisa.” Josefa diz que uma enfermeira de um posto de saúde se prontificou a vaciná-lo.

Mobilidade reduzida. Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde informou que também oferece a imunização para acamados e com mobilidade reduzida. “No caso de pacientes que recebem alta hospitalar, mas continuam acamados, o hospital comunica a UBS (Unidade Básica de Saúde) para fazer acompanhamento e vacinação.”

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Gerente comercial da Vip Home Care, Fernando Rufino afirma que a empresa está tentando vacinar seus mais de 300 pacientes, mas está com dificuldades para encontrar as doses. “Estamos tentando desde quando começou a campanha de vacinação, mas os laboratórios não deram previsão.”

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